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Tratamento de câncer de mama pelo plano de saúde: tudo o que você precisa saber

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Plano de saúde cobre câncer de mama? Essa é uma dúvida muito comum das pacientes quando recebem o diagnóstico da doença. 

Tratamento para câncer não é barato, pois envolve acompanhamento médico por um longo período até a cura da doença e também depois dela para evitar que retorne.

Isso compreende visitas periódicas ao oncologista (médico responsável pelo tratamento de câncer), exames e terapias. Em muitos casos, também há a necessidade de retirada do tumor, mastectomia (retirada da mama) e reconstrução da mama.

Por essa razão, saber se o plano de saúde cobre o tratamento para câncer de mama é fundamental para que a paciente passe por esse período com mais tranquilidade.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina no Brasil, representando 16,3% do total de óbitos pela doença. 

Um dos principais problemas de saúde pública, o câncer é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito no mundo, somando mais de 7 milhões de mortes ao ano, de acordo com relatório do INCA

Ele está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países.

Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é o câncer de mama, quais são os tratamentos existentes, se o plano de saúde cobre tratamento para câncer de mama, mastectomia e reconstrução da mama.

O que é câncer de mama?

O câncer de mama é uma doença decorrente de um dano no DNA que provoca o crescimento e a multiplicação anormal e desordenada das células.

A doença acomete principalmente mulheres, mas também pode ocorrer em homens, já que têm glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidade pequena.

Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?

São fatores de risco para o câncer de mama a idade avançada, a obesidade, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e o histórico da doença na família.

Além disso, mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram antes dos 12 anos ou entraram na menopausa após os 50 anos, têm mais risco de desenvolver a doença. 

Quais são os sintomas do câncer de mama?

O primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. 

Entretanto, nem sempre esse nódulo é aparente e sensível ao toque, podendo ser muito pequeno no estágio inicial e ser detectado apenas por exame de imagem como mamografia e ultrassom da mama.

Outros sintomas também podem se manifestar como deformidade ou aumento da mama e dos mamilos, vermelhidão nos seios, edema, inchaço, dor e a presença de líquido nos mamilos.

Qualquer alteração que você venha a observar deve ser comunicada imediatamente ao seu ginecologista, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois da última mamografia que você realizou ou do exame clínico das mamas feito por um médico.

O que é mamografia?

A mamografia é um exame de imagem que comprime a mama e gera imagens de alta qualidade capazes de revelar a existência de sinais precoces do câncer de mama, entre outras alterações.

A compressão da mama é necessária para que o tecido da glândula mamária seja adequadamente espalhado e eventuais nódulos e microcalcificações revelem-se e o exame seja efetivo.

O que é Outubro Rosa?

Outubro Rosa é uma data celebrada anualmente, que faz parte do calendário do Ministério da Saúde, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama.

O INCA também disponibiliza uma cartilha atualizada sobre o tema com o intuito de ajudar na detecção precoce e prevenção da doença.

7 formas de prevenção do câncer de mama

O câncer pode ter causas hereditárias e genéticas, mas também pode ser desencadeado por fatores ambientais e de estilo de vida, como obesidade, tabagismo, infecções ou exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos. 

Portanto, há algumas medidas que contribuem para prevenir a doença. São elas:

  1. Procure o médico ginecologista para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos até os 40 anos e anualmente a partir dessa idade. 
  2. Faça o autoexame das mamas mensalmente, alguns dias após a menstruação, levantando o braço e apalpando uma mama de cada vez com a ponta dos dedos para identificação de possíveis nódulos, dor ou qualquer outra alteração nos seios;
  3. Caso tenha filho, amamente seu bebê;
  4. Pratique atividades físicas, evitando o sedentarismo e a obesidade que podem desencadear o câncer ou outras doenças que, futuramente, podem originar o problema;
  5. Mantenha uma alimentação saudável e equilibrada durante a vida;
  6. Não fume;
  7. Evite o consumo excessivo de álcool.

Quais são os tratamentos para câncer de mama?

O tratamento do câncer pode ser feito através de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) ou cirurgia. 

Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade.

No caso da cirurgia pode incluir apenas a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).

O oncologista é o médico indicado para fazer essa avaliação e apontar o melhor tratamento.

Plano de saúde cobre tratamento para câncer de mama?

Sim, todos os planos de saúde devem cobrir os tratamentos para câncer, incluindo-se o câncer de mama, desde que tenham sido recomendados por um médico especialista. 

A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde.

O câncer de mama também faz parte do rol ANS que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os planos de saúde são obrigados a incluir. 

Um exemplo é a realização de mamografia, radioterapia e quimioterapia, assim como as cirurgias para retirada de tumores, mastectomia e reconstrução das mamas.

Entretanto, é importante verificar junto à operadora do seu plano de saúde quais são os procedimentos que possuem cobertura, de acordo com o produto que você contratou. 

Cirurgias, por exemplo, só podem ser realizadas pelos planos que incluem segmentação hospitalar

O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98. 

Plano de saúde cobre mastectomia?

Sim, todos os planos de saúde devem cobrir a mastectomia, quando indicada por um médico especialista para o tratamento do câncer de mama.

A mastectomia é um procedimento cirúrgico para a remoção de uma ou ambas as mamas. 

De acordo com a gravidade do câncer e comprometimento do tecido mamário, a mastectomia pode ser parcial (quando apenas uma parte do tecido mamário é removido) ou total (quando a mama é retirada por completo).

Quanto custa mastectomia?

A mastectomia é uma cirurgia que custa entre R$ 10 mil e R$ 20 mil reais, se for realizada de forma particular.

Os valores variam conforme os honorários do cirurgião e equipe médica, assim como do hospital que será realizado. 

Plano de saúde cobre reconstrução de mama?

Sim, todos os planos de saúde devem cobrir a reconstrução de mama para pacientes com câncer, mesmo que seja necessário o implante de silicone.

A ANS entende que a cirurgia plástica é necessária por se tratar de uma questão de saúde da paciente e não para fins estéticos. 

Assim, as operadoras de saúde devem oferecer cobertura para o procedimento.

Plano de saúde tem carência para câncer de mama?

Caso o paciente já seja portador de câncer de mama a carência é de até dois anos (24 meses) para doenças ou lesões preexistentes.

Se o paciente adquirir a doença após a contratação do plano ele deve observar apenas os prazos a seguir, estabelecidos pela ANS: 

  • 24 horas para casos de urgência e emergência (que apresentam risco a vida ou lesões irreparáveis);
  • 180 dias para cirurgias e procedimentos complexos, como quimioterapia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Por lei, todos os planos de saúde empresariais, com mais de 30 beneficiários, são isentos de carência.

Para planos coletivos por adesão há isenção de carência se o empregado aderir ao plano em até 30 dias após a celebração do contrato com a operadora ou no aniversário da apólice. 

Para planos individuais ou familiares os períodos de carência são aplicados normalmente. 

E se o plano de saúde negar o tratamento para câncer de mama, o que eu faço?

A recusa por parte da operadora é considerada abusiva. Contudo, é importante que você disponibilize para a operadora do seu plano de saúde o relatório médico com o diagnóstico e a indicação do tratamento ou cirurgia.

Se assim mesmo, a operadora se negar a cobrir o procedimento, você pode entrar em contato com a ANS e formalizar sua reclamação. 

É direito do paciente exigir a negativa da operadora por escrito.

Caso o problema não seja resolvido, é possível procurar um advogado especializado e recorrer à Justiça.

Tratamento para câncer de mama pode ser feito pelo SUS?

Sim. A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (Portaria Nº 868, de 16 de maio de 2013) estabelece que o tratamento do câncer será feito em estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).

Os centros devem oferecer assistência especializada e integral ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento.

No país, existem mais de 300 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer.

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.

Agora que você já sabe as principais informações sobre o câncer de mama veja também Plano de Saúde cobre Tratamento para Câncer.

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