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Transtorno Bipolar: os 4 tipos existentes,tratamento pelo plano de saúde e tudo o que você precisa saber

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Transtorno afetivo bipolar (TAB), ou doença maníaco-depressiva, é um distúrbio psiquiátrico complexo que causa alternância, às vezes súbita, entre episódios de depressão e euforia (mania e hipomania) e traz dificuldades ao dia a dia das pessoas que o possuem. 

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o transtorno afetivo bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerado uma das principais causas de incapacidade mental e de trabalho.

A pessoa bipolar pode sentir como se estivesse caminhando sobre uma corda bamba, sendo levada de um extremo ao outro emocionalmente, sem conseguir se manter em estado de equilíbrio. 

Isso, muitas vezes, torna a rotina exaustiva, em que o paciente pode sentir como se estivesse fazendo muito esforço para se manter sob controle.

O tratamento, em geral, é feito com psicoterapia e medicamentos, com acompanhamento médico, buscando um melhor estado mental e emocional do indivíduo.

Uma alimentação saudável e exercícios físicos também ajudam a atenuar a frequência, duração e intensidade das crises.

Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é o transtorno afetivo bipolar, quais as causas, quais são os tratamentos e se o plano de saúde cobre transtorno bipolar.

O que é transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é um distúrbio psiquiátrico que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia a dia.

As alterações de humor têm efeitos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação, em geral, é desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.

O transtorno bipolar se manifesta em homens e mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também crianças e idosos.

Qual é o comportamento de uma pessoa bipolar?

Uma pessoa bipolar tem alterações extremas de humor, oscilando entre momentos de mania (euforia) e hipomania (depressão). 

Essas alterações podem acontecer com intervalos de dias, semanas ou meses, mas também podem se apresentar no mesmo dia. 

Em geral, o paciente alterna períodos de mania com hipomania, mas pela própria característica da doença isso pode ocorrer em intervalos de horas, causando surpresa às pessoas que são próximas a ele.

Às vezes, uma pessoa com episódios graves de mania ou depressão também tem sintomas psicóticos, tais como alucinações ou delírios.

Quais são as causas do transtorno bipolar?

Especialistas acreditam que a doença maníaco-depressiva pode estar associada a causas genéticas ou hereditárias e a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina.

Outros eventos também podem desencadear a doença, como episódios de depressão frequentes, ansiedade exacerbada ou estresse por longos períodos. 

Remédios inibidores do apetite (anorexígenos e anfetaminas) e disfunções da tireoide, como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo também podem contribuir para a manifestação do distúrbio.

Como é o surto de um bipolar?

Uma pessoa com transtorno bipolar pode ter reações exageradas diante de eventos cotidianos, sem motivo aparente.

Em geral, no transtorno bipolar, os surtos são desencadeados por um gatilho emocional, um episódio, uma fala de alguém, um cheiro, um som, uma cena, ou até mesmo uma situação recorrente que despertam emoções no paciente e provocam uma reação externa. 

Nos episódios maníacos, o indivíduo pode gritar, xingar ou atacar verbalmente uma pessoa conhecida por uma atitude (ou a falta dela) que não corresponde às suas expectativas naquele momento, por exemplo.

Ela também pode executar ações em relação a ela mesma, como sentir vontade de se movimentar, correr para aliviar a tensão, dançar, ou não conseguir se concentrar no trabalho pelo alto nível de ansiedade.

Nos episódios depressivos, a pessoa pode ficar sem vontade de sair de casa, apática e parar de executar atividades rotineiras como limpar a casa, ou sentir dificuldade até para tomar banho. 

O indivíduo se isola do mundo, pode dormir bastante, ou ter crises de choro, sem motivo aparente. 

O paciente com transtorno bipolar experimenta momentos de sofrimento, seja durante as crises, seja pela tentativa e esforço de evitá-las. 

4 tipos de Transtorno Bipolar

O transtorno afetivo bipolar pode ser classificado em 4 tipos. São eles:

  1. Transtorno Bipolar Tipo I

O tipo I é definido por episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias, ou por sintomas maníacos que são tão graves que a pessoa precisa de cuidados hospitalares imediatos. 

Podem ocorrer também episódios depressivos, que duram, normalmente, 15 dias ou mais. 

Tanto na fase eufórica quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. 

Os sintomas do transtorno bipolar tipo 1 são marcados pela intensidade e descontrole das emoções e reações.

Assim, durante o episódio de mania, o indivíduo pode dormir pouco ou nada e não se sentir cansado, pode ter comportamentos megalomaníacos com sentimentos de poder e grandeza exagerados, sendo sexualmente imprudente e impróprio, ou realizar grandes empréstimos ou dívidas para arcar como uma ideia que julgue revolucionária, por exemplo.

Em contraponto, durante um episódio depressivo, a pessoa pode dormir incansavelmente, se sentir assombrada e experimentar profundos sentimentos de desprezo por si própria. 

Em ambos os quadros, o risco de suicídio e comportamentos agressivos é elevado.

Assim, o quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

  1. Transtorno Bipolar Tipo II

O transtorno bipolar tipo 2 é um dos mais difíceis de ser diagnosticado, isso ocorre, pois a intensidade dos sintomas tende a ser menor e não chamar tanta atenção de amigos e familiares. 

Nesse tipo, não há a presença de alucinações e pensamentos megalomaníacos. 

A tendência, nesse caso, é que percebam o bipolar como estando numa fase mais expansiva (hipomania) ou introspectiva (depressão). 

Assim, durante um episódio de hipomania o indivíduo pode se sentir mais produtivo e proativo, com a líbido exacerbada se predispondo a aventura sexuais, tendência a realizar inúmeros gastos desnecessários, às vezes até se comprometendo financeiramente e maior dificuldade para permanecer em casa ou muito tempo no mesmo lugar. 

Em contraponto, no episódio depressivo, o individuo pode, simplesmente, se sentir mais indisposto, improdutivo, contemplativo, triste sem motivo aparente e se isolar socialmente de amigos e parentes. Podendo até faltar ao trabalho sem grandes argumentos, por exemplo.

Sendo assim, a alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania, não tendem a acarretar grandes prejuízos na rotina do indivíduo, entretanto, a longo prazo as relações sociais e de trabalho podem ser estremecidas pela inconstância do bipolar.

  1. Transtorno Bipolar não especificado ou misto

Os sintomas apresentados pelo paciente sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas devido à falta de frequência ou duração são mais pontuais e acentuados em situações específicas, seja por episódios de trauma, estresse, preocupação extrema, doença ou morte de pessoas próximas. 

  1. Transtorno Ciclotímico

É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. 

O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável, e podem perdurar por meses ou anos.

Assim, esse tipo de transtorno bipolar leva tempo para impactar as relações sociais e de trabalho do acometido e em alguns casos esse quadro tende a ser confundido com a distimia (um tipo de depressão cronica e leve) ou o espectro do transtorno de personalidade borderline.

Quais são os tratamentos para o transtorno bipolar?

Como a maior parte dos problemas de saúde mental, o transtorno bipolar pode não ter a cura completa, mas é possível de ser controlado e o paciente pode se ver livre das crises por toda a vida.

Para tanto, deve haver um verdadeiro comprometimento do indivíduo com seu bem-estar, sua saúde mental, amor próprio e estilo de vida. 

Formas eficazes de manter o equilíbrio são: praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável, ler bastante e manter o cérebro se exercitando, não fumar, e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Dormir bem e ter um sono de qualidade, assim como buscar alternativas para reduzir o estresse também são eficazes.

O tratamento para o transtorno bipolar inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças nos hábitos do indivíduo.

Plano de saúde cobre tratamento para transtorno bipolar?

Sim, a lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde.

As doenças psiquiátricas fazem parte do rol ANS que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os planos de saúde são obrigados a incluir. 

Desta forma, todos os planos de saúde devem oferecer tratamento com psicoterapia, uma forma de tratar o transtorno bipolar. 

 

Entretanto, é importante verificar junto à operadora do seu convênio médico quais são os procedimentos e exames que possuem cobertura, de acordo com o produto que você contratou. 

O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98. 

Agora que você já sabe as principais informações sobre o transtorno bipolar e a importância de tratar da saúde mental veja também Cobertura Plano de Saúde para doenças psiquiátricas.

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