Como fazer a cirurgia de hérnia umbilical pelo plano de saúde? Esse é um dos questionamentos mais comuns feitos às operadoras de saúde no que se refere a essa doença.
Um dos procedimentos mais realizados no país, a cirurgia de hérnia umbilical é bastante procurada, pois é a principal forma de resolver o problema.
O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza quase 100 mil cirurgias de hérnia umbilical por ano, de acordo com o DataSus.
A hérnia é uma saliência que se forma na região do umbigo, decorrente do escape de parte de uma alça do intestino, ou do tecido que reveste a cavidade abdominal.
Elas são mais frequentes em bebês e tendem a desaparecer, espontaneamente, até o primeiro ano de vida. Elas também podem surgir ao longo da vida e na fase adulta, embora seja mais comum entre crianças pequenas.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é cirurgia de hérnia umbilical, quais são as causas da doença e se o plano de saúde cobre cirurgia de hérnia umbilical.
Hérnia umbilical é uma protuberância na região do umbigo, causada por um deslocamento de gordura, ou parte do intestino ou do estômago, para essa região.
A parede abdominal é um conjunto de músculos que protegem os órgãos abdominais. Quando esses músculos estão fracos, a gordura da região, ou parte dos intestinos e do estômago, escapam por alguma abertura muscular, formando a hérnia.
A causa da hérnia umbilical é desconhecida em recém-nascidos e bebês. Nos adultos, sabe-se que ela pode ser decorrente de diversos fatores. São eles:
O principal sintoma é a aparência visível de uma saliência na região do umbigo que, quando pressionada, é facilmente empurrada para dentro do abdômen, voltando a ficar protuberante quando não há pressão.
A hérnia geralmente é indolor, mas existem casos de enjôo, náusea, dores fortes e alteração da cor da pele no local, que podem levar o paciente a um procedimento cirúrgico de emergência.
A cirurgia de hérnia umbilical é um procedimento denominado herniorrafia, que ajuda a reposicionar os músculos e a evitar que a protuberância volte a surgir, especialmente nos casos em que a hérnia cause sintomas ao paciente.
Atualmente, existem três tipos de cirurgia para resolver o problema.
O cirurgião faz um corte na região umbilical e retorna a parte do órgão que se deslocou para dentro da barriga.
Para impedir a volta da hérnia é feita uma uma sutura com fios, que fecha o orifício. Em alguns casos, é necessária a colocação de uma tela para reforçar a parede abdominal por onde surgiu a hérnia.
O procedimento é menos invasivo do que a cirurgia aberta, utilizando uma câmera acoplada em uma cânula.
São feitos três pequenos cortes para a passagem dos instrumentos e realização da cirurgia.
No acesso robótico a única diferença é que são usados braços de um robô, guiado pelo médico cirurgião, para realizar todo o procedimento.
As principais complicações da herniorrafia podem ser relacionadas à colocação da tela, como aderências, obstrução intestinal, fibrose ou associadas a lesões nos nervos da região operada.
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir cirurgia de hérnia umbilical, caso o paciente receba o diagnóstico e indicação do procedimento por um médico especialista.
A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde no Brasil, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Assim, a hérnia umbilical é uma doença comum que faz parte do rol ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os convênios médicos são obrigados a incluir.
Entretanto, é importante verificar junto à operadora do seu plano quais são os procedimentos que possuem cobertura, de acordo com o produto que você contratou.
Cirurgias em hospital, por exemplo, só podem ser realizadas pelos planos que incluem segmentação hospitalar.
O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
A recusa por parte da operadora é considerada abusiva. Contudo, é importante que você disponibilize para a operadora do seu plano de saúde o relatório médico com o diagnóstico e a indicação do procedimento.
Se assim mesmo, a operadora se negar a cobrir o procedimento, você pode entrar em contato com a ANS e formalizar sua reclamação.
É direito do paciente exigir a negativa da operadora por escrito.
Caso o problema não seja resolvido, é possível procurar um advogado especializado e recorrer à Justiça.
Sim. Pacientes com diagnóstico de hérnia umbilical têm direito a realizar o tratamento necessário pelo SUS (Sistema Único de Saúde), gratuitamente.
Contudo, para ser aprovado no programa é preciso passar por uma triagem, para fazer o diagnóstico e, assim, realizar a cirurgia.
Para poder ser atendido pelo SUS, o cidadão precisa buscar as unidades de atenção primária (postos de saúde) geridas pelos municípios.
Após a avaliação nas unidades primárias, caso necessário, o paciente poderá ser encaminhado para um centro de especialidades, hospital credenciado ao SUS ou a uma unidade de pronto-atendimento.
Agora que você já sabe tudo sobre se o plano de saúde cobre cirurgia de hérnia umbilical veja também: Plano de saúde cobre cirurgia de diástase abdominal? 8 dúvidas respondidas.
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