A campanha Dezembro Vermelho tem o objetivo de chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
Ela foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/2017 como forma de gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A iniciativa faz parte das campanhas nacionais sobre outros temas de igual relevância para a saúde da população, como o Setembro Amarelo (para o combate ao suicídio), Outubro Rosa (para prevenção do câncer de mama), Novembro Azul (para prevenir o câncer de próstata) e Dezembro Laranja (para evitar o câncer de pele).
Neste artigo nós vamos falar sobre o que é dezembro vermelho, por que foi criado, qual o seu propósito, a importância da prevenção e diagnóstico precoce para HIV e se o plano de saúde cobre tratamento para Aids.
Dezembro Vermelho é uma iniciativa criada por lei que engloba um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento da Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis.
O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro, foi instituído em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids.
No Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, ou seja, não transmitem o vírus e conseguem manter a qualidade de vida sem apresentar os sintomas da doença.
Contudo, há muitas pessoas positivas para o vírus HIV que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença da Aids.
Segundo a Unaids, cerca de 38,4 milhões no mundo vivem com HIV. Cerca de 1,5 milhão se tornaram recém-infectadas por HIV em 2021 e 650 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS naquele ano.
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, que causa a Aids e enfraquece o sistema de defesa do corpo.
O vírus é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem o uso de preservativo), com pessoa soropositiva (contaminada pelo vírus HIV).
Também pode ser adquirido por meio de objetos cortantes contaminados, como agulhas, alicates, etc.
Mãe soropositiva, sem tratamento, também pode transmitir o vírus para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas pelo contato sexual.
De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
A melhor forma de prevenir as IST é praticando o sexo seguro, com o uso de preservativo masculino ou feminino.
Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias de pessoas soropositivas também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.
Ainda não há cura para o HIV, mas atualmente há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida e controle a doença por um período prolongado.
Da mesma forma é
O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde, realização de exames e uso de medicamentos.
A medicação antirretroviral diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo.
Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada.
Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte.
Em 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento de HIV que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido. O novo medicamento é uma combinação das substâncias lamivudina e dolutegravir sódico.
A possibilidade de doses únicas simplifica o tratamento e a adesão dos pacientes.
O novo medicamento reduz a quantidade de HIV no organismo, mantendo-a em um nível baixo. Além disso, promove aumento na contagem das células CD4, tipo de glóbulo branco do sangue que exerce papel importante na manutenção de um sistema imune (de defesa) saudável, ajudando a combater as infecções.
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir o tratamento para HIV e outras IST.
A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde no Brasil, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Assim, os tratamentos principais para as IST fazem parte do rol ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os convênios médicos são obrigados a incluir.
O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Sim. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
Além de distribuir gratuitamente preservativos, o sistema também realiza testagens gratuitas, e recomenda que elas sejam feitas regularmente por todos os que têm uma vida sexual ativa.
Agora que você entendeu a importância da campanha Dezembro Vermelho para a prevenção do HIV saiba mais sobre DST ou IST: definição, diferenças, diagnóstico e tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
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