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Pré-natal: guia completo com mais de 10 respostas sobre tudo o que os pais precisam saber

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Quando se fala da saúde de mães e bebês, é essencial reforçar a importância do pré-natal.

Um acompanhamento pré-natal bem feito favorece o desenvolvimento saudável do bebê e reduz os riscos para a gestante, contribuindo para uma gravidez mais segura e sem intercorrências.

Segundo o Ministério da Saúde, o pré-natal tem papel fundamental na prevenção e detecção precoce de doenças maternas como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e problemas na placenta, e de doenças fetais como as más formações.

Quando eventuais complicações são identificadas cedo, podem ser tratadas com mais rapidez e, até mesmo, solucionadas com o bebê ainda na barriga da mãe. Por isso, o acompanhamento pré-natal deve iniciar assim que a gravidez é descoberta.

Mas apesar de ser fundamental para garantir a saúde da gestante e do bebê, muitas pessoas ainda não compreendem a importância do pré-natal nem dos cuidados com o recém nascido.

Neste artigo, vamos falar sobre a relevância desse acompanhamento, o que pode acontecer se o pré-natal não for feito, quais os exames necessários durante a gravidez e após o nascimento do bebê.

O que é pré-natal?

Pré-natal é o acompanhamento médico da gestante desde a intenção de engravidar, ao momento da descoberta da gravidez, gestação e nascimento da criança.

O pré-natal tem um papel fundamental na saúde da mulher, pois permite a prevenção e identificação precoce de patologias tanto maternas como fetais, visando um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.

Por meio de consultas e exames periódicos durante toda a gravidez, e uma anamnese detalhada do histórico de saúde da gestante, o médico ginecologista ou obstetra pode orientar a mãe sobre a conduta mais adequada para uma gestação mais tranquila e saudável.

Um pré-natal bem realizado pela gestante contribui para um parto sem intercorrências e mais saúde para a mãe e o bebê.

Qual a importância do pré-natal?

O pré-natal é feito principalmente para garantir a saúde da mãe e do bebê. Afinal, a partir dele é possível prevenir, identificar e tratar doenças que podem afetar tanto a gestante quanto o feto.

Além disso, o acompanhamento pré-natal também é fundamental em termos educativos. Durante as consultas o médico passa várias recomendações que ajudam a preparar a gestante para a maternidade.

Como funciona o pré-natal?

O acompanhamento pré-natal é composto de consultas médicas com ginecologista e/ou obstetra para controlar o andamento da gestação.

A cada consulta, o médico realiza exames clínicos, verifica a pressão arterial e solicita exames laboratoriais ou de imagem, conforme a etapa da gravidez.

O médico também acompanha o ganho de peso da gestante e passa orientações sobre alimentação, uso de medicações, hábitos saudáveis e atividade física, além de informar e preparar a mãe para o parto.

É durante as consultas, e a partir dos resultados dos exames pré-natal, que o médico e os pais tomam decisões sobre como conduzir as intercorrências e complicações, caso elas surjam.

O que pode acontecer se eu não fizer o pré-natal?

Tanto o parto quanto a saúde do bebê após o nascimento são fortemente influenciados por como o acompanhamento pré-natal foi feito.

Uma gestante que nunca passou por consultas pré-natal enfrenta um parto “às escuras”, porque a equipe médica fica sem informações sobre como foi a gestação, em que condições está o bebê e que possíveis problemas pode ter aquela mãe.

Há também o risco de partos prematuros, sequelas e óbito de mãe ou bebê, e se o feto apresentar alguma patologia, ela não será descoberta de forma precoce, o que poderá levar ao agravamento do problema ou mesmo impedir que ele seja tratado.

Quais são os exames pré-natal?

Para garantir a saúde da gestante e do bebê, são realizados vários exames de caráter preventivo ou não.

Os mais comuns são os exames de ultrassom, que devem ser realizados preferencialmente por especialistas em Medicina Fetal.

Os exames de ultrassom permitem um acompanhamento detalhado da gestação com o objetivo de estimar riscos e diagnosticar e tratar possíveis complicações. São eles:

  1. Ultrassom obstétrico inicial: identifica a idade gestacional (tempo de gravidez), possível gravidez ectópica, estado da placenta e sinais vitais do bebê.
  2. Ultrassom morfológico do primeiro trimestre: avalia o bebê de maneira total e identifica possíveis más formações. É feita também a Translucência Nucal, que mede a “nuca” do feto para identificar casos suspeitos de síndromes cromossômicas como a Síndrome de Down. Em alguns casos, já é possível identificar o sexo do bebê.
  3. Ultrassom morfológico do segundo trimestre: identifica más formações estruturais do feto como fenda labial e anomalias congênitas cardíacas. Já é possível determinar o sexo do bebê.
  4. Ultrassom obstétrico no terceiro trimestre: avalia o crescimento fetal.

Também são realizados exames de laboratório:

  1. Tipagem sanguínea e fator RH da gestante: verifica a compatibilidade sanguínea entre mãe e bebê.
  2. Urina tipo 1 e urocultura: verifica se há infecção urinária, que pode levar a um parto prematuro.
  3. Dosagem de TSH e T4: busca descartar doenças da tireoide.
  4. Sorologias infecciosas para doenças como: HIV, sífilis, toxoplasmose, rubéola e hepatite B. Se o resultado for positivo para rubéola ou hepatite, serão prescritas medicações para diminuírem as chances de o bebê contrair os vírus e de aborto.
  5. Teste de tolerância oral à glicose: identifica possível diabetes gestacional.
  6. Pesquisa do streptococo B: verifica se há a presença dessa bactéria na vagina e/ou reto da gestante.

Além desses, exames adicionais ou complementares também podem ser solicitados se o médico que acompanha a gestante considerar necessário.

Que patologias podem ser identificadas no pré-natal?

Na gestante:

  1. Diabetes gestacional
  2. Pré-eclâmpsia
  3. Doenças sexualmente transmissíveis
  4. Rubéola
  5. Citomegalovirus
  6. Hepatites B e C
  7. Incompatibilidade sanguínea entre gestante e bebê

No feto:

  1. Anencefalia (ausência total de cérebro dentro do crânio)
  2. Hidrocefalia
  3. Síndrome de Down
  4. Cardiopatias
  5. Má formações estruturais

Devo fazer vacinas no pré-natal?

A aplicação de vacinas na gestação depende do histórico de vacinação da gestante e será solicitada durante o pré-natal se o médico considerar necessário.

São vacinas importantes para as gestantes segundo o Ministério da Saúde:

  1. Tétano e Difteria (dT adulto)
  2. Tríplice bacteriana acelular (dTpa adulto)
  3. Hepatite B
  4. Gripe
  5. Covid-19

Que exames devem ser feitos no bebê após o nascimento?

Logo após o nascimento o bebê precisa realizar uma série de exames com o objetivo de identificar a presença de alterações que indiquem doenças genéticas ou metabólicas, como anemia falciforme e hipotireoidismo congênito, além de exames para identificar problemas de visão, audição e língua presa.

Se forem identificadas alterações, o tratamento pode ser iniciado rapidamente para garantir qualidade de vida ao bebê.

Na primeira semana de vida, são fundamentais 7 testes:

  1. Teste do pezinho
  2. Tipagem sanguínea
  3. Teste da orelhinha
  4. Teste do coraçãozinho
  5. Teste do olhinho
  6. Teste da linguinha

Por que o teste do pezinho é tão importante?

Porque ele promove o diagnóstico de diversas doenças que podem trazer complicações para o bebê ainda no seu primeiro ano de vida caso não sejam tratadas.

As principais doenças rastreadas pelo teste do pezinho são hipotireoidismo congênito, fenilcetonuria, anemia falciforme e fibrose cística, mas o teste é capaz de identificar até 50 doenças raras que podem afetar os bebês.

O teste do pezinho deve ser realizado a partir do terceiro dia de vida do bebê até o final do primeiro mês de nascimento.

Plano de saúde cobre o pré-natal?

Sim, as consultas e exames relacionados ao acompanhamento pré-natal, assim como o parto, fazem parte do rol de procedimentos ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e devem ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde. 

Exames e procedimentos complexos podem não ser incluídos. Por essa razão, informe-se com a sua operadora sobre a cobertura oferecida.

O recém-nascido tem cobertura pelo plano de saúde?

Sim, em relação ao bebê, o plano de saúde da mãe cobre os cuidados com recém-nascido nos primeiros trinta dias de vida de acordo com a Lei 9656/98

Após esse período, o bebê precisa ser incluído no plano para que possa ter continuidade no atendimento.

Recomenda-se que a inclusão da criança no plano de saúde seja feita assim que ela nascer. 

O recem nascido também poderá ser incluído no plano do pai, caso a mãe não tenha convênio ou não seja titular.

Filhos adotivos também podem usufruir do benefício.

Pré-natal pode ser realizado pelo SUS?

Sim, o Pré-Natal pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois de acordo com as normas do órgão todo o paciente tem o direito de buscar atendimento público para saúde. 

O SUS oferece o teste do pezinho?

Sim, o teste do pezinho pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que agora oferece o Teste do Pezinho Ampliado, capaz de detectar 50 doenças raras, conforme a Lei 14.154 de 26 de maio de 2021. Anteriormente, o teste do pezinho oferecido pelo SUS detectava somente seis doenças principais.

 Agora que você já sabe mais sobre acompanhamento pré-natal, veja também quais são os cuidados necessários para a saúde da mulher na gestação, parto e puerpério: Cuidados na gravidez em 7 passos: saúde da mulher na gestação, parto e puerpério

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