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09 de junho é o Dia da Imunização no Brasil: 22 perguntas e respostas pra você tirar todas as suas dúvidas sobre vacinação

09 de junho é o Dia da Imunização no Brasil.

Essa data foi estabelecida para conscientizar a população sobre a importância da vacinação na prevenção de doenças e na proteção da saúde pública.

Anualmente, neste dia, são realizadas campanhas de vacinação em todo o país,  buscando aumentar a cobertura vacinal e garantir a imunização de bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos contra diversas doenças. 

É uma oportunidade para reforçar os benefícios da vacinação e esclarecer dúvidas das pessoas em relação às vacinas, que já ajudaram a erradicar diversas doenças em todo o mundo, salvando milhares de vidas.

A vacinação é uma medida importante para proteger a saúde individual e coletiva, mas algumas pessoas ainda demonstram resistência ao ato de se vacinar.  

Neste artigo, vamos procurar esclarecer as dúvidas mais frequentes em relação às vacinas, desfazer alguns mitos e falar sobre sua importância,  doenças que ajudam a evitar e os demais benefícios que a imunização traz a todas as pessoas. 

Por que existe um dia especial para a imunização no Brasil?

A criação de um dia nacional para a imunização foi motivada pela necessidade de reforçar a importância da vacinação e sua relevância para a saúde pública. 

Embora seja uma prática rotineira e essencial na prevenção de doenças, é essencial, de tempos em tempos, chamar a atenção da população para essa questão específica a fim de não deixar que as pessoas relaxem em relação ao seu calendário de vacinação. 

Entre as as razões porque esse dia foi criado, estão: 

  • Sensibilização e conscientização
  • Reforço das campanhas de vacinação
  • Educação em saúde
  • Reconhecimento dos profissionais de saúde

Por que a imunização é tão importante?

4 principais fatores explicam a importância da imunização:

  1. Prevenção de doenças: vacinas são projetadas para prevenir doenças infecciosas causadas por vírus e bactérias. Ao receber uma vacina, você adquire imunidade contra a doença específica, reduzindo o risco de contrair e transmitir a infecção.
  2. Proteção individual: a vacinação protege a pessoa vacinada, fortalecendo o sistema imunológico para prevenir doenças graves, hospitalizações e complicações decorrentes de infecções. 
  3. Proteção coletiva: quando um número suficiente de pessoas é vacinado contra uma doença, ocorre a chamada imunidade coletiva, em que a propagação do agente infeccioso é reduzida, protegendo também aqueles que não podem ser vacinados. 
  4. Erradicação de doenças: doenças como a varíola foram completamente eliminadas graças a programas de vacinação em larga escala no mundo todo, enquanto outras doenças, como a poliomielite, estão próximas da erradicação global.

Portanto, as vacinas são importantes porque previnem doenças, protegem indivíduos e comunidades e contribuem para a erradicação de doenças de forma segura e eficaz. 

A vacinação é uma das conquistas mais significativas da medicina moderna e desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e no combate a doenças evitáveis.

De que são feitas as vacinas?

As vacinas são compostas por diferentes ingredientes, dependendo da doença que estão destinadas a prevenir. 

O principal item da vacina são os antígenos, as partes específicas dos agentes infecciosos (vírus, bactérias, toxinas) que estimulam o sistema imunológico a produzir uma resposta imune. 

Os antígenos presentes nas vacinas são geralmente enfraquecidos, inativados ou fragmentados para que não causem a doença, mas sejam reconhecidos pelo sistema imunológico como uma ameaça que precisa ser combatida. 

Os componentes de uma vacina são rigorosamente avaliados em relação à sua segurança e eficácia antes de serem aprovados para uso.

Como as vacinas agem no organismo?

As vacinas agem no organismo estimulando o sistema imunológico para reconhecer e combater um agente infeccioso específico como um vírus ou uma bactéria. 

Quando a vacina é administrada, os antígenos são introduzidos no organismo e então reconhecidos pelas células do sistema imunológico, que capturam e “apresentam” esses antígenos aos linfócitos T. 

Os linfócitos reconhecem os fragmentos dos antígenos apresentados e liberam substâncias chamadas citocinas, que estimulam outros componentes do sistema imunológico como os linfócitos B. 

Uma vez ativados, esses linfócitos começam a produzir anticorpos específicos para os antígenos presentes na vacina. 

Dessa forma, o sistema imunológico desenvolve uma memória imunológica

Se o organismo entrar em contato com o agente infeccioso real no futuro, o sistema imunológico será capaz de identificá-lo prontamente para iniciar uma resposta mais rápida e eficaz. 

Ou seja: as vacinas simulam uma infecção controlada, desencadeando uma resposta imune adaptativa para prevenir a doença real. 

Uma vez que o sistema imunológico está preparado para combater aquela infecção de forma eficaz, o risco de desenvolver a doença (ou de enfrentar complicações por causa dela) é reduzido consideravelmente. 

Quais os tipos de vacinas existentes?

Os tipos de vacina são definidos conforme a abordagem utilizada para estimular a resposta imune. 

Elas podem ser aplicadas por injeção, via oral ou pulverizadas no nariz.

São os principais tipos: 

Vacinas de vírus enfraquecidos ou atenuados

Vacinas feitas a partir de vírus vivos que foram enfraquecidos em laboratório, tornando-os menos virulentos mas ainda capazes de estimular resposta imune. 

São exemplos de vacinas de vírus atenuado a vacina contra a varicela (catapora) e a da febre amarela. 

Vacinas inativadas

Vacinas que contém vírus ou bactérias inativadas por meio de tratamento químico ou calor.

Embora os microrganismos não sejam mais capazes de causar a doença, ainda são reconhecidos pelo sistema imunológico, que produz a resposta imune.

São exemplos a vacina contra a poliomielite inativada (VIP) e a vacina contra a hepatite A. 

Vacinas de subunidades

São vacinas que contém apenas fragmentos específicos dos antígenos dos microrganismos em vez de todo o organismo infeccioso. 

Geralmente são utilizadas proteínas ou polissacarídeos purificados.

Exemplos incluem a vacina contra a coqueluche acelular e a vacina contra o meningococo, que causa doenças graves como a meningite meningocócica. 

Vacinas de toxoides

São vacinas baseadas em toxinas produzidas por bactérias, que são tratadas para se tornarem inofensivas.

A resposta imune é direcionada contra a toxina, prevenindo a doença.

A vacina contra o tétano é um exemplo de vacina toxoide.

Vacinas de vetor viral

Essas vacinas utilizam um vírus não patogênico para transportar antígenos de outros vírus ou bactérias para o organismo. 

Vírus não patogênico é um vírus que não causa doença ou que possui um potencial muito reduzido de causar doenças em humanos, tendo sido modificados em laboratório para perderem a capacidade de se replicar e causar danos ao hospedeiro. 

Em vez disso, eles são usados como vetores virais, ou seja, como uma espécie de transporte, em vacinas ou terapias genéticas para a indução de resposta imune.

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e a vacina contra o ebola são exemplos de vacinas de vetor viral. 

Vacinas de RNA mensageiro (mRNA)

Essas vacinas utilizam uma tecnologia inovadora, que fornece instruções genéticas na forma de RNA mensageiro para as células do corpo produzirem uma proteína viral específica.

Isso estimula uma resposta imune contra essa proteína e confere proteção contra o vírus. 

Exemplos de vacina mRNA são as vacinas contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech e da Moderna.  

Cada vacina é desenvolvida com base nas características do agente infeccioso e nas necessidades de prevenção da doença.

Cada tipo de vacina possui seus próprios benefícios, limitações e requisitos de armazenamento e administração.

É verdade que vacinas de RNA mensageiro podem modificar o nosso DNA?

Não, as vacinas de RNA mensageiro não modificam o DNA das pessoas. 

As vacinas de mRNA funcionam estimulando o sistema imunológico a produzir uma resposta imune contra um determinado antígeno, como uma proteína viral. 

O mRNA contido na vacina fornece instruções para que as células do corpo produzam essa proteína específica, que desencadeia a resposta imune, levando à produção de anticorpos que podem proteger contra uma infecção futura pelo vírus.

O DNA, por outro lado, é encontrado no núcleo das células e contém informações genéticas que são transmitidas de geração em geração. 

As vacinas de mRNA não interagem com o DNA de uma pessoa, pois o mRNA é uma molécula diferente e não entra no núcleo das células, onde o DNA está localizado.

É importante destacar que as vacinas de mRNA têm sido amplamente estudadas e consideradas seguras e eficazes pelas autoridades de saúde do mundo todo. 

Elas passam por rigorosos testes clínicos antes de serem aprovadas para uso e sua tecnologia teve avanços significativos na última década, permitindo o desenvolvimento rápido de vacinas eficazes.

Que doenças as vacinas previnem?

A quantidade de doenças que as vacinas ajudam a prevenir é enorme. 

A lista varia conforme o país e o programa nacional de imunização, mas as doenças mais comuns que podem ser prevenidas por meio da vacinação são: 

  1. Sarampo: geralmente administrada como parte da vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola
  2. Caxumba: vacina tríplice viral
  3. Rubéola: vacina tríplice viral
  4. Poliomielite: pode ser administrada como parte da tríplice viral ou como uma vacina oral específica contra a pólio
  5. Hepatite B
  6. Difteria: geralmente administrada como parte da vacina tríplice bacteriana, que inclui tétano e coqueluche
  7. Tétano: vacina tríplice bacteriana
  8. Coqueluche: vacina tríplice bacteriana
  9. Haemophilus influenzae tipo B (Hib): vacina contra essa bactéria, que causa doenças graves como meningite, pneumonia e outras infecções 
  10. Hepatite A
  11. Varicela (catapora)
  12. Pneumonia: vacina pneumocócica
  13. Influenza (gripe): administrada anualmente devido às diferentes cepas do vírus da gripe em circulação, o que faz com que a vacina seja atualizada todos os anos
  14. Rotavírus: previne a gastroenterite causada pelo rotavírus 

Existem ainda vacinas contra doenças como meningite, febre amarela, HPV, covid-19 e outras, que dependem do programa de imunização de cada país para que sejam administradas. 

Quais os riscos das vacinas?

As vacinas são geralmente seguras e eficazes, mas como qualquer intervenção médica, podem apresentar algumas reações. 

Antes de citá-las, é importante destacar que os riscos associados às vacinas são muito baixos em comparação com os riscos das doenças que elas previnem. 

São reações comuns das vacinas:

  • Reações leves e temporárias no local da injeção como dor, vermelhidão ou inchaço que cedem em alguns dias
  • Reações sistêmicas leves como febre baixa, fadiga, dor de cabeça ou dores musculares que passam em poucos dias

Reações alérgicas e complicações mais sérias são extremamente raras.

Os programas de vacinação são continuamente monitorados e regulamentados para garantir a segurança das vacinas. 

As agências reguladoras e os profissionais de saúde acompanham constantemente os riscos e benefícios das vacinas para garantir sua segurança e eficácia. 

Vacinas causam doenças?

Não, as vacinas não causam doenças.

Elas são projetadas para estimular o sistema imunológico a reconhecer e combater organismos invasores que causam doenças, como vírus e bactérias. 

Elas contém componentes inativos, enfraquecidos ou fragmentados desses organismos, ou versões sintéticas de partes deles. 

Quando a vacina é aplicada, o sistema imunológico reconhece esses componentes como estranhos e desencadeia uma resposta imunológica para produzir anticorpos específicos para combater a ameaça. 

Algumas pessoas apresentam reações leves após a vacinação, como febre baixa, dor no local da injeção ou sintomas semelhantes aos da doença que a vacina visa combater. 

Essas reações, porém, são apenas sinais de que o sistema imunológico está respondendo à vacina e fortalecendo sua proteção contra a doença. 

São sintomas leves e temporários, que não indicam que a pessoa está doente ou que adquiriu a doença contra a qual foi vacinada. 

Por que eu fiquei gripado se eu tomei a vacina da gripe?

As vacinas não oferecem 100% de proteção contra as doenças, como é o caso da vacina da gripe e da covid-19, por exemplo.

A proteção também varia de pessoa para pessoa.

A vacina da gripe reduz significativamente o risco de contrair a doença e de que ela evolua para formas mais graves, mas não garante imunidade total.

No caso desta vacina, ainda existe a questão das cepas; se você for contaminado por uma cepa não contida na vacina daquele ano, pode ficar gripado. 

Além disso, existem muitos outros vírus e bactérias que podem causar sintomas semelhantes aos da gripe, como os vírus dos resfriados comuns. 

A vacina da gripe protege apenas contra essa doença e não contra outras infecções respiratórias.

Também é preciso considerar o período de incubação: se você foi exposto aos vírus pouco antes ou logo depois da vacinação, pode já estar infectado e desenvolvendo a doença, de forma que a vacina não terá efeito imediato na proteção.  

Ainda assim, a vacina ainda trará benefícios, pois ajuda a reduzir a gravidade e a duração dos sintomas e diminui o risco de complicações graves. 

Existem vacinas que oferecem 100% de proteção contra uma doença?

Não existem vacinas que ofereçam 100% de proteção contra doenças. 

Isso acontece devido à variação dos patógenos, uma vez que vírus e bactérias têm a capacidade de se modificar ao longo do tempo.

A resposta imunológica também pode variar de pessoa para pessoa.

Algumas pessoas podem desenvolver uma resposta mais robusta e duradoura à vacina, enquanto outras podem ter uma resposta mais fraca. 

Da mesma forma, a imunidade conferida pela vacina pode diminuir ao longo do tempo, sendo necessárias doses de reforço.

Cada vacina possui sua taxa de eficácia, determinada em testes clínicos e medida em estudos populacionais, os quais indicam a porcentagem de pessoas que foram protegidas contra a doença em relação às não vacinadas. 

No entanto, mesmo com altas taxas de eficácia, algumas pessoas ainda podem adoecer. 

Por que algumas vacinas necessitam de reforço e outras não?

Algumas vacinas requerem doses de reforço para garantir uma imunidade duradoura, enquanto outras podem fornecer proteção de longo prazo com uma única dose. 

Isso ocorre porque há vacinas que dependem de múltiplas doses para estimular uma resposta imunológica completa e duradoura. 

O sistema imunológico pode precisar de mais tempo e exposição repetida ao antígeno para desenvolver uma resposta protetora robusta.

A quantidade de doses necessárias é definida durante o desenvolvimento da vacina, em testes e estudos clínicos. 

Além disso, as doses de reforço ajudam a fortalecer e aprimorar a memória imunológica.

Após a primeira dose da vacina, o sistema imunológico é “lembrado” da resposta inicial e, quando exposto ao mesmo antígeno novamente na dose de reforço, a resposta é reativada de forma mais rápida e eficiente.

Algumas doenças requerem proteção a longo prazo, especialmente quando a exposição ao patógeno é contínua ou quando a imunidade natural diminui com o tempo. 

As doses de reforço ajudam a manter níveis adequados de anticorpos ou células de memória no organismo para combater a infecção em caso de exposição futura.

É muito importante seguir as recomendações dos profissionais de saúde e das autoridades sanitárias em relação às doses de reforço para cada vacina específica. 

Essas recomendações são baseadas em evidências científicas e em estudos clínicos que determinam a melhor estratégia de vacinação para garantir uma proteção adequada contra a doença.

Como posso saber se eu desenvolvi resposta imune a uma vacina?

Quando há necessidade de saber se a pessoa desenvolveu resposta imune a uma determinada vacina, o médico pode solicitar um teste específico para fazer essa avaliação. 

Normalmente, a testagem é feita em uma amostra de sangue coletada em laboratório por meio de testes sorológicos, testes de neutralização ou de células T. 

Nem todas as vacinas têm teste de acompanhamento disponível para verificar a resposta imune individualmente. 

É sempre recomendado consultar um médico para obter orientações sobre sua situação particular. 

Por que algumas pessoas não podem se vacinar?

Algumas pessoas não podem receber vacinas devido a contraindicações médicas, alergias ou idade. 

Pessoas com sistema imunológico enfraquecido devido a doenças como HIV/AIDS ou que estão em tratamentos como quimioterapia podem ter resposta imunológica reduzida à vacinação. 

Pessoas com certas condições autoimunes ou com histórico de reações graves a vacinas anteriores também podem ter contraindicação para determinadas vacinas. 

Quem tem alergia a componentes específicos de algumas vacinas, como proteína do ovo, gelatina, antibióticos ou conservantes, também pode ter contraindicação à imunização por conta do risco de reações potencialmente graves. 

É também preciso observar a faixa etária para a qual a vacina é recomendada.

Vacinas não aprovadas para uso infantil, por exemplo, não podem ser recebidas pelas crianças, assim como quando há contraindicação para aplicação de determinadas vacinas em idosos devido a eficácia ou segurança. 

Nesses casos específicos, é importante seguir as orientações médicas e de saúde pública para proteger a saúde da pessoa e da comunidade em geral.

Não posso tomar vacina. O que eu faço? 

Se você não pode tomar uma vacina devido a alguma contraindicação médica ou outra razão válida, é importante discutir essa situação com um médico ou profissional de saúde especialista em doenças infecciosas.

Em alguns casos, há alternativas ou medidas de precaução recomendadas contra doenças infecciosas, tais como imunidade de rebanho, lavar as mãos com frequência, distanciamento social, uso de máscaras e outros.

Essas opções, no entanto, podem variar dependendo da doença e das circunstâncias individuais. 

É fundamental buscar orientação médica para encontrar a melhor abordagem para sua situação. 

Por que existem grupos prioritários para a vacina? 

A definição de grupos prioritários para receber vacinas é uma estratégia utilizada para maximizar os benefícios da imunização em situações em que a oferta de vacinas é limitada, como no caso da gripe e da covid-19, por exemplo. 

Os grupos prioritários são definidos a partir de critérios como vulnerabilidade (pessoas mais suscetíveis a desenvolver complicações graves ou fatais em caso de infecção), redução da transmissão, manutenção dos serviços essenciais (como saúde e educação) e equidade. 

Essa definição se dá com base em evidências científicas e pode variar conforme as características do país ou da região. 

Não sei se tomei determinada vacina. Posso tomar de novo?

Nesse caso, é importante procurar orientação médica.

Normalmente, é possível verificar o histórico de imunização por meio dos cartões de vacinação ou dos registros de saúde.

No geral, a repetição de uma vacina não representa risco significativo à saúde e, por isso, os profissionais costumam recomendar a revacinação para garantir a proteção adequada. 

É preciso considerar, porém, que cada vacina possui diretrizes específicas quanto ao intervalo entre doses e número máximo de doses recomendadas. 

Há vacinas em que o esquema vacinal contempla doses múltiplas, enquanto outras são de dose única.

Tomar doses extras de uma vacina que não seja necessária ou exceder o número máximo de doses recomendadas pode não conferir benefícios adicionais e não é recomendado.  

Vacinas são seguras?

 Sim, as vacinas são seguras.

Elas passam por rigorosos testes e avaliações antes de serem aprovadas e liberadas para uso público.

Os testes envolvem várias fases, em que a segurança e a eficácia da vacina são avaliadas cuidadosamente em diferentes grupos de pessoas

Os estudos clínicos envolvem milhares de participantes e visam identificar efeitos colaterais graves.

As autoridades regulatórias de saúde revisam todos os dados antes de conceder a aprovação para uso da vacina. 

Todas as vacinas têm potencial para causar efeitos colaterais leves como dor local e febre baixa. 

São efeitos geralmente temporários, que desaparecem em poucos dias. 

Que doenças já foram erradicadas pelas vacinas?

Temos diversos exemplos de doenças que foram erradicadas ou controladas pela vacinação em todo o mundo.

  1. Varíola: primeira doença a ser erradicada por meio de vacinação. O último caso natural de varíola ocorreu em 1977, e a OMS declarou sua erradicação global em 1980.
  2. Poliomielite: também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite foi eliminada em grande parte do mundo graças à vacinação. Restam apenas alguns países onde a doença ainda é endêmica.
  3. Sarampo: a vacina contra o sarampo foi introduzida na década de 60, e desde então, houve uma diminuição significativa na incidência da doença em muitas partes do mundo. No entanto, o sarampo ainda não foi erradicado globalmente.
  4. Rubéola: doença viral que pode causar complicações graves em mulheres grávidas e seus fetos, a rubéola foi eliminada completamente em alguns países. Em outros, sua incidência é controlada.
  5. Difteria, tétano e coqueluche: a vacinação tem sido eficaz na redução dessas doenças em muitas partes do mundo. Elas ainda não foram erradicadas, mas são consideradas controladas em muitos países.

No Brasil, várias dessas doenças são consideradas controladas ou de baixa incidência no país, como é o caso da poliomielite, sarampo, rubéola, hepatite B, Hib e febre amarela.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) brasileiro é reconhecido internacionalmente como um dos programas mais bem-sucedidos e abrangentes do mundo. 

É importante destacar que a vacinação é um esforço conjunto e que a vigilância epidemiológica é fundamental para acompanhar o impacto das vacinas e identificar possíveis surtos ou ressurgimento de doenças. 

Qual a diferença entre vacinas da rede pública e da rede particular?

No Brasil, tanto o SUS quanto a rede particular de saúde oferecem vacinas, que são igualmente eficazes e seguras. 

As vacinas disponibilizadas pelo SUS são gratuitas e fazem parte do Programa Nacional de Imunizações, seguindo um calendário nacional de vacinação

Na rede particular, as vacinas são adquiridas diretamente pelos indivíduos ou por meio de planos de saúde e têm custo associado.

O PNI tem como objetivo alcançar altas taxas de cobertura vacinal em todo o país. 

Isso significa que as vacinas oferecidas pelo SUS são direcionadas para as doenças mais relevantes em termos de saúde pública. 

Na rede particular, a oferta de vacinas pode ser mais ampla, inclusive de vacinas que não estão incluídas no calendário do PNI. 

São exemplos a vacina tetravalente da gripe (a oferta do SUS, em geral, é a trivalente, que contempla 3 cepas do vírus), a meningocócica ACWY ou B, para quem busca mais proteção contra meningite, herpes zóster, e vacinas para viagens, quando é necessário atender a requisitos de imunização específicos de determinados países. 

As vacinas disponibilizadas pelo SUS são distribuídas em larga escala para atender a demanda da população brasileira, o que garante o acesso equitativo em todo o país. 

Na rede particular, a disponibilidade pode variar de acordo com a clínica, hospital ou serviço de saúde, e algumas vacinas podem ter estoques limitados.

O PNI é responsável por garantir a imunização da população brasileira contra doenças preveníveis por vacinação, priorizando aquelas com maior impacto na saúde pública. 

A escolha de buscar vacinas na rede particular pode ser feita por aqueles que desejam receber imunizações adicionais ou que não se enquadram nos critérios de elegibilidade do PNI para alguns tipos de vacina, como a gripe, por exemplo. 

Por que algumas vacinas não são oferecidas pelo SUS?

A inclusão de vacinas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS é baseada em critérios epidemiológicos, custo-efetividade e prioridades de saúde pública.

Nem todas as vacinas disponíveis no mercado são incorporadas ao calendário do PNI devido a seu baixo impacto na saúde pública, custo não justificável em relação aos benefícios para a população, disponibilidade de recursos e orientações técnicas. 

O PNI é um programa dinâmico, que passa por constantes revisões e atualizações.

À medida que novas vacinas são desenvolvidas, novas evidências científicas são geradas ou ocorrem mudanças na epidemiologia das doenças, pode ocorrer a inclusão de vacinas no calendário do PNI.

Qual o valor médio de uma vacina na rede particular?

O valor médio das vacinas na rede particular no Brasil varia conforme o tipo de vacina, estabelecimento de saúde, quantidade de doses necessárias para o esquema vacinal, marca, fornecedor, demanda e outros. 

No geral, o custo varia entre algumas dezenas de reais até centenas por dose. 

A vacina da gripe tetravalente, atualmente, varia entre 89 e 180 reais. 

Já a vacina ACWY tem custo médio de 380 reais por dose, sendo que ela é geralmente administrada em três doses até um ano de idade, dependendo do fabricante.

A meningocócica B custa, em média, 600 reais, e é administrada em três doses entre 3 meses e um ano de idade.

A vacina da febre amarela tem custo médio de 150 reais. 

Para saber os valores exatos, é preciso entrar em contato com o estabelecimento escolhido para a aquisição e aplicação da vacina. 

Para saber mais sobre a importância da vacinação em todas as fases da vida, confira o artigo Imunização: importância da vacinação em todas as fases da vida. 

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