Quando o tema é autismo infantil, a principal dúvida é a “como saber se meu filho é autista?”
É comum que quando a criança apresente sinais de problemas no desenvolvimento compatíveis com a sua faixa etária os pais logo acreditem que se trate de uma criança autista.
O autismo infantil, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que afeta o desenvolvimento social, emocional e comportamental das crianças.
É considerado um distúrbio do neurodesenvolvimento que geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida.
Neste artigo, nós vamos abordar o que é autismo infantil, como saber se meu filho tem autismo, quais são os sinais e comportamentos apresentados pela criança autista, como educar uma criança autista, e se o plano de saúde cobre tratamento para autismo.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de uma pessoa se comunicar, interagir socialmente e ter comportamentos repetitivos ou restritos.
É chamado de “espectro” porque pode variar em intensidade e em seus sintomas, que podem aparecer em diferentes combinações.
O TEA geralmente começa na infância, e os primeiros sinais podem aparecer antes dos 2 anos de idade.
De acordo com o último levantamento do Censo do Autismo, realizado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que existam cerca de 2 milhões de pessoas com autismo no Brasil, sendo que a maioria são crianças e jovens.
No entanto, essa é apenas uma estimativa, pois muitas famílias ainda têm dificuldade de identificar os sinais de autismo em seus filhos e buscar um diagnóstico adequado.
O dia 2 de abril é considerado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O autismo infantil é uma condição que afeta o desenvolvimento social, emocional e comportamental das crianças.
É considerado um distúrbio do neurodesenvolvimento que geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida.
Os sinais de autismo podem variar amplamente entre as crianças, e nem todas as crianças com autismo apresentam os mesmos sinais.
No entanto, existem alguns sinais comuns que podem indicar a possibilidade de autismo, incluindo:
Atraso ou ausência de fala;
Dificuldade em fazer contato visual ou manter o contato visual;
Dificuldade em compreender o significado de gestos e expressões faciais;
Resistência ao contato físico ou abraços;
Comportamentos repetitivos ou estereotipados, como bater as mãos ou balançar o corpo;
Interesses restritos e intensos em determinados assuntos ou atividades;
Dificuldade em brincar com outras crianças.
Se você suspeitar que seu filho pode ter autismo, é importante buscar a opinião de um profissional de saúde qualificado, como um pediatra, psicólogo infantil ou neurologista infantil.
Eles podem realizar uma avaliação do desenvolvimento do seu filho e determinar se é necessário um diagnóstico formal.
O diagnóstico de autismo em bebês pode ser um desafio, pois muitos dos sintomas do autismo só se tornam evidentes à medida que a criança cresce e desenvolve habilidades sociais e de comunicação mais complexas.
No entanto, há alguns sinais precoces que os pais e profissionais de saúde podem observar em bebês que podem indicar um risco aumentado de autismo, incluindo:
Se você notar esses sinais em seu bebê, é importante que você consulte um médico ou profissional de saúde qualificado, como um pediatra, psicólogo infantil ou neurologista infantil, para uma avaliação completa.
Eles podem avaliar o desenvolvimento do seu bebê e determinar se é necessário um diagnóstico formal.
Atualmente, não há um teste pré-natal definitivo para o diagnóstico de autismo em bebês durante a gestação.
O diagnóstico de autismo em bebês é baseado na observação de comportamentos e habilidades sociais e de comunicação da criança à medida que ela cresce e se desenvolve.
Os avanços na pesquisa genética e neurociência estão ajudando a identificar fatores de risco genéticos e biológicos que podem contribuir para o desenvolvimento do autismo.
Isso pode levar a testes pré-natais para determinados genes ou biomarcadores que indicam um maior risco de autismo.
No entanto, esses testes ainda não estão amplamente disponíveis e são controversos em termos de ética e precisão.
Os sinais de autismo podem variar de criança para criança, mas aqui estão 25 sinais comuns que podem indicar que uma criança pode estar no espectro do autismo:
Atraso no desenvolvimento da fala ou falta de fala;
Problemas de comunicação, como dificuldade em manter contato visual ou em entender as emoções e expressões faciais dos outros;
Dificuldade em interagir com outras crianças ou em fazer amigos;
Dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina ou em atividades que não são familiares;
Repetições frequentes de palavras ou frases específicas (ecolalia);
Comportamentos repetitivos, como balançar as mãos, balançar o corpo ou rodar em círculos;
Preferência por atividades isoladas ou interesse restrito e intenso em um único assunto ou objeto;
Sensibilidade extrema a sons, luzes, texturas ou cheiros;
Resistência a toques ou abraços;
Aversão a certos alimentos com texturas ou sabores específicos;
Movimentos bruscos e descoordenados;
Dificuldade em compreender comandos verbais;
Dificuldade em seguir instruções simples;
Falta de imaginação ou de brincar de faz-de-conta;
Comportamento hiperativo ou hipoativo;
Comportamento agressivo ou autolesivo;
Dificuldade em dormir ou manter um horário de sono regular;
Dificuldade em lidar com situações sociais, como festas de aniversário ou eventos escolares;
Falta de interesse em jogos ou brincadeiras que envolvam interação com outras pessoas;
Falta de senso de perigo ou propensão a correr para longe ou se colocar em perigo;
Comportamento obsessivo em relação a certos objetos ou rotinas;
Dificuldade em entender e expressar emoções;
Falta de interesse em atividades que são consideradas típicas para a idade da criança;
Dificuldade em compartilhar brinquedos ou objetos com outras crianças;
Dificuldade em entender sarcasmo ou humor.
É importante lembrar que esses sinais não são necessariamente indicativos de autismo em si, e que muitos desses comportamentos são comuns em crianças em geral.
No entanto, se você tiver preocupações sobre o desenvolvimento de seu filho, é importante consultar um profissional de saúde qualificado para uma avaliação completa e adequada.
Não existe um teste único que possa diagnosticar o autismo infantil de forma definitiva.
O diagnóstico de autismo infantil é feito por meio de uma avaliação cuidadosa do comportamento e do desenvolvimento da criança, incluindo uma análise detalhada do histórico médico e comportamental da criança.
Normalmente, o processo de diagnóstico envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo pediatras, neurologistas, psiquiatras e psicólogos, que podem conduzir uma série de avaliações, testes e observações para identificar sinais de autismo.
Alguns dos testes que podem ser usados para ajudar no diagnóstico incluem:
Esses testes podem ser úteis para identificar comportamentos específicos associados ao autismo infantil, mas o diagnóstico final sempre será feito por um profissional de saúde qualificado após uma avaliação clínica completa.
A relação de uma criança autista com outras crianças pode ser complexa e desafiadora, mas também pode ser gratificante e enriquecedora.
Crianças com autismo podem ter dificuldades em se comunicar, interagir socialmente e compreender as emoções e intenções de outras pessoas, o que pode dificultar a construção de amizades e relacionamentos sociais.
Algumas crianças autistas podem preferir brincar sozinhas ou ter dificuldade em participar de brincadeiras em grupo, enquanto outras podem ter interesses intensos em tópicos específicos, o que pode tornar difícil encontrar amigos com interesses semelhantes.
No entanto, com apoio e orientação adequados, muitas crianças autistas podem desenvolver habilidades sociais e de comunicação e se beneficiar de interações positivas com outras crianças.
O apoio pode incluir aconselhamento, terapia comportamental, programas de habilidades sociais e grupos de apoio para crianças e suas famílias.
A educação de uma criança autista requer uma abordagem personalizada e adaptada às necessidades específicas da criança.
O objetivo é ajudar a criança a desenvolver habilidades sociais, emocionais e comportamentais, a fim de melhorar sua qualidade de vida e maximizar seu potencial.
Algumas dicas para educar uma criança autista incluem:
Um diagnóstico precoce é fundamental para iniciar as intervenções e apoios necessários para a criança.
As crianças autistas geralmente se beneficiam de rotinas estruturadas e previsíveis, que podem ajudá-las a se sentir seguras e reduzir a ansiedade.
Algumas crianças autistas podem ter dificuldade em se comunicar verbalmente, portanto, pode ser útil oferecer suporte na comunicação, como ensinar habilidades de comunicação alternativas, como a comunicação por meio de sinais ou imagens.
As crianças autistas podem ter dificuldade em entender as pistas sociais e emoções dos outros, portanto, pode ser útil oferecer suporte para desenvolver habilidades sociais, como a capacidade de iniciar e manter conversas.
Cada criança autista é única e tem suas próprias necessidades e desafios, portanto, é importante abordar cada situação individualmente e com sensibilidade.
Com o apoio certo, as crianças autistas podem aprender e crescer para alcançar seu potencial máximo.
Crianças autistas podem ter dificuldade em lidar com situações novas ou imprevisíveis, o que pode levar a transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno do pânico.
Algumas crianças autistas podem ter dificuldade em manter o foco em tarefas e atividades, o que pode levar a um diagnóstico de TDAH.
As crianças autistas podem ter dificuldade em dormir ou em permanecer dormindo durante a noite, o que pode levar a problemas de saúde e comportamentais.
Algumas crianças autistas podem ser seletivas quanto à sua comida ou ter problemas com a textura dos alimentos, o que pode levar a um diagnóstico de transtorno alimentar.
Crianças autistas podem ter dificuldade em regular suas emoções, o que pode levar a transtornos do humor, como depressão e transtorno bipolar.
Algumas pesquisas sugerem que as crianças autistas podem ter uma maior incidência de distúrbios gastrointestinais, como constipação e diarreia.
Algumas crianças autistas podem ter uma maior incidência de convulsões ou epilepsia.
Sim, planos de saúde cobrem o tratamento para autismo, que inclui consultas médicas, terapias e exames, desde que estejam dentro das coberturas previstas no contrato e do rol de procedimentos e eventos ANS.
Desde 2012, a Lei Berenice Piana, também conhecida como Lei do Autismo, estabeleceu que a cobertura de tratamento para TEA deve ser obrigatória para todos os planos de saúde.
No entanto, a aplicação da lei pode variar de acordo com o plano e a região.
Além disso, é importante verificar as condições específicas do seu plano de saúde, incluindo as limitações e exclusões de cobertura, para ter certeza de quais serviços estão incluídos.
Se você estiver enfrentando dificuldades com a cobertura do seu plano de saúde para o tratamento do TEA, é importante entrar em contato com a seguradora e buscar informações sobre seus direitos e opções de recurso.
Além disso, você pode procurar ajuda de organizações de apoio ao autismo, que podem oferecer informações e recursos adicionais.
Agora que você já sabe como procurar diagnóstico de autismo infantil veja também o conteúdo: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): conheça tudo sobre a doença