A cardiopatia congênita é caracterizada por qualquer malformação que afete a estrutura ou função do coração durante o desenvolvimento deste órgão, que ocorre nas primeiras oito semanas de gestação.
No Brasil, são quase 30 mil casos por ano. A doença é uma das principais causas de morte em recém-nascidos com até 30 dias.
Juliano Cazarré emocionou seus seguidores ao mostrar o carinho com a filha mais nova, Maria Guilhermina, nascida em 2022, com a patologia.
A criança passou por quatro cirurgias desde o nascimento, por conta de uma cardiopatia congênita rara, chamada de Anomalia de Ebstein.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é cardiopatia congênita, quais são as causas, como tratar e se o plano de saúde cobre tratamento para cardiopatia congênita.
O que é cardiopatia congênita?
Cardiopatia congênita é uma condição médica em que o coração ou seus vasos sanguíneos apresentam anormalidades desde o nascimento.
Isso pode afetar a forma como o sangue flui através do coração e do corpo, o que pode levar a problemas de saúde graves, incluindo falta de ar, fadiga e, em casos graves, insuficiência cardíaca.
Por isso, é fundamental que a mulher faça o pré-natal, planeje a gestação e o parto e faça o acompanhamento do primeiro mês de vida do bebê com um pediatra.
O que causa cardiopatia em bebê?
As causas precisas da cardiopatia congênita ainda são desconhecidas, mas fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel.
Alguns fatores de risco incluem:
Histórico familiar de cardiopatia congênita;
Uso de drogas durante a gravidez;
Infecções maternas durante a gravidez, como rubéola ou citomegalovírus;
Consumo de álcool ou tabaco durante a gravidez;
Idade materna avançada;
Síndrome de Down e outras condições genéticas.
Algumas cardiopatias congênitas também podem ser causadas por problemas no desenvolvimento do coração ou vasos sanguíneos durante as primeiras semanas de gravidez.
É importante destacar que nem sempre é possível determinar a causa exata da cardiopatia congênita.
O que é Anomalia de Ebstein?
A Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia congênita rara em que o tricúspide, uma das válvulas do coração, está mal posicionada e/ou deformada.
Isso pode interferir na forma como o sangue flui através do coração, levando a problemas de saúde graves, como falta de ar, fadiga e arritmias cardíacas.
A gravidade da anomalia de Ebstein varia amplamente, mas em casos graves pode levar à insuficiência cardíaca e aumentar o risco de morte súbita.
Como tratar cardiopatia congênita?
O tratamento para a cardiopatia congênita depende da gravidade da condição e do tipo específico de cardiopatia. Algumas opções de tratamento incluem:
Cirurgia cardíaca: cirurgias como correção de válvulas ou correção de canal atrioventricular.
Dispositivos médicos: marcapassos e desfibriladores para ajudar a controlar as arritmias cardíacas.
Terapia medicamentosa: medicamentos, como diuréticos, betabloqueadores e anticoagulantes, podem ser usados para controlar os sintomas e prevenir complicações.
Terapia não-cirúrgica: terapias não-cirúrgicas, como ressonância magnética, podem ser usadas para tratar certas formas de cardiopatias congênitas.
Além disso, é importante ter um acompanhamento regular com um especialista em cardiologia para monitorar a evolução da condição e fazer eventuais ajustes no tratamento.
Em alguns casos, a cardiopatia congênita pode exigir cuidados contínuos ao longo da vida.
8 principais sintomas de cardiopatia congênita
Os sintomas de cardiopatia congênita em bebês podem variar dependendo do tipo de cardiopatia e da gravidade da condição.
Alguns sinais e sintomas comuns incluem:
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Cansaço ou fadiga com atividades normais;
- Pele azulada ou cianose (cor escura) nas mãos, pés, lábios ou rosto;
- Batimento cardíaco rápido ou irregular;
- Inchaço ou edema, especialmente nas pernas, pés ou tornozelos;
- Problemas de alimentação ou perda de peso inexplicável;
- Sonolência ou letargia excessiva;
- Falta de ar durante o sono.
Se você suspeitar que seu bebê possa ter uma cardiopatia congênita, é importante procurar atendimento médico imediatamente.
O tratamento precoce é fundamental para evitar complicações graves e garantir o bem-estar e saúde do seu filho.
Plano de saúde cobre tratamento para cardiopatia congênita?
Sim. Os planos de saúde devem cobrir todas as doenças que se enquadram na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Isso inclui cirurgias, dispositivos médicos, exames, consultas médicas e terapias medicamentosas.
No entanto, é importante verificar as condições e restrições do seu plano de saúde, bem como os limites de cobertura, antes de iniciar o tratamento.
Algumas operadoras podem exigir que você siga determinados procedimentos ou protocolos antes de realizar certos tratamentos, como consultas com múltiplos médicos especialistas ou autorizações prévias para cirurgias.
Se você tiver dúvidas sobre a cobertura de seu plano de saúde para tratamentos relacionados a cardiopatias congênitas, é importante entrar em contato com a operadora para obter informações precisas e atualizadas.
Para saber quais eventos os planos de assistência médica são obrigados a cobrir, você deve consultar o rol de procedimentos e eventos ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O rol ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Agora que você já sabe que precisa saber sobre cardiopatia congênita veja também sobre a importância de estar coberta por uma boa assistência médica em Plano de Saúde recem nascido: o que é, como funciona e qual o valor.