Cobertura de plano de saúde para doenças psiquiátricas está entre as mais procuradas quando se trata da contratação de convênio médico, de acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Em estudo realizado pelo órgão, a saúde mental tem sido considerada uma das áreas de atenção prioritárias para o setor.
No Brasil, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de doença mental, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, citada em matéria da CNN,
Os diagnósticos são variados: depressão, transtornos de humor, déficit de atenção, ansiedade, entre outros.
São doenças que podem afetar todas as faixas etárias, de crianças a idosos.
Neste artigo nós vamos falar sobre o que são doenças psiquiátricas, quem corre o risco de adquiri-las, como é o tratamento psiquiátrico e o plano de saúde oferece cobertura para doenças psiquiátricas.
O que são doenças psiquiátricas?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças psiquiátricas são as que mais causam incapacidades no mundo.
Elas geralmente são caracterizadas por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas.
Entre os transtornos mentais, estão a depressão, o transtorno afetivo bipolar, a esquizofrenia e outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos de desenvolvimento, incluindo o autismo.
Em termos globais, dados da OMS afirmam que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com depressão.
Entre a população brasileira, a situação também é preocupante, pois estudos apontam o Brasil como o país com maior índice de depressão da América Latina.
Por essa razão, no mês de setembro, o Ministério da Saúde realiza a campanha de combate à depressão e prevenção ao suicídio, denominado setembro amarelo.
Quais são as principais doenças psiquiátricas?
Entre as doenças psiquiátricas mais comuns podemos citar:
- Depressão: em geral, o paciente tem dificuldade para realizar as atividades de sua rotina, de sair de casa e demonstra um comportamento apático.
- Transtorno bipolar: esse tipo de desajuste emocional provoca oscilações imprevisíveis no comportamento, afeta o humor e pode contribuir para desencadear crises depressivas e de euforia.
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): tem como principal característica a presença de crises recorrentes de obsessões, compulsões e manias repetitivas e exageradas, como mania de limpeza.
- Ansiedade: é caracterizada pela angústia e sofrimento que podem derivar de algo que ainda não aconteceu ou de uma situação já vivida.
- Distúrbios alimentares: relaciona-se com a ansiedade, compulsão alimentar, bulimia ou anorexia.
- Esquizofrenia: em geral, está relacionada com transtornos psicóticos, distúrbios da linguagem, falta de percepção da realidade e desorganização do pensamento.
Quem possui risco de desenvolver transtornos mentais?
Os determinantes da saúde mental e transtornos mentais incluem atributos individuais, como a capacidade de administrar os pensamentos, as emoções, os comportamentos e as interações com os outros.
Consideram-se também os fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais.
Além do suporte dos serviços de saúde, pessoas com transtornos mentais precisam de apoio e cuidados sociais.
Frequentemente necessitam também de ajuda para acessar programas educativos que se adaptem às suas necessidades e encontrar emprego e moradia que lhes permitam viver e ser ativos nas suas comunidades locais.
O que é um tratamento psiquiátrico?
O tratamento psiquiátrico tem como objetivo tratar e superar os sintomas relacionados às doenças mentais.
Ele é feito por meio de medicamentos direcionados para tratar a patologia e de consultas periódicas com psiquiatra.
Conforme o nível de gravidade da doença, a pessoa pode ser internada ou não.
Qual a diferença entre o tratamento psiquiátrico e o psicológico?
A psiquiatria é uma especialidade médica cujo foco é a compreensão e o tratamento das doenças emocionais e comportamentais.
O profissional habilitado é o psiquiatra que, obrigatoriamente, tem formação em medicina.
Além disso, ele precisa fazer residência médica ou especialização em psiquiatria para poder exercer a profissão.
Devido à sua formação como médico, o psiquiatra tem autorização e competência para receitar medicamentos aos seus pacientes.
Ele também pode recomendar e acompanhar internação nos casos mais graves.
Assim como o psiquiatra, o psicólogo atua no tratamento de problemas emocionais e psicológicos das pessoas. Entretanto, sua formação é em Psicologia.
Além da atuação clínica, o psicólogo também pode trabalhar em empresas auxiliando a área de recursos humanos na gestão das pessoas dentro da organização.
É bastante comum também encontrar o profissional nas instituições de ensino para o atendimento a alunos e responsáveis no que se refere ao desenvolvimento pedagógico e cognitivo do aluno.
Em relação aos transtornos mentais, psiquiatras e psicólogos podem trabalhar em parceria no atendimento ao paciente de forma mais completa.
Isso pode ser feito com tratamento de psicoterapia para auxiliar a pessoa a lidar com os sintomas da doença e superá-los, e com medicações recomendadas pelo psiquiatra com o objetivo de proporcionar mais bem-estar e qualidade de vida ao paciente.
Plano de saúde cobre doenças psiquiátricas?
Sim. As doenças psiquiátricas são consideradas relevantes para os cuidados com a saúde integral dos indivíduos e todo o atendimento necessário está previsto na Lei 9656/98 que rege os planos de saúde no país.
Além disso, as doenças psiquiátricas fazem parte do rol de procedimentos ANS e, por essa razão, todos os convênios médicos são obrigados a oferecer cobertura.
As principais coberturas para transtornos mentais são:
Para os planos ambulatoriais:
- Atendimento às emergências psiquiátricas (incluídas as tentativas de suicídio e autoagressões, objeto frequente de exclusão de cobertura em contratos antigos);
- Consultas psiquiátricas;
- Serviços de apoio diagnóstico;
- Psicoterapia em situações de crise.
Para os planos hospitalares:
- Atendimento às emergências psiquiátricas (incluídas as tentativas de suicídio e autoagressões, objeto frequente de exclusão de cobertura em contratos antigos);
- Internação em instituição hospitalar
- Tratamento em regime de hospital-dia, para alguns diagnósticos;
Plano de saúde cobre internação para doenças psiquiátricas?
Sim, o plano de saúde cobre internação em instituição hospitalar para os planos que incluem essa segmentação. Isso é válido tanto para titulares quanto para dependentes.
Quando necessária, a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico que caracterize os seus motivos.
Além disso, é importante verificar os prazos de carência do seu plano, que são especificados em contrato.
Para doenças ou lesões preexistentes, a operadora pode aplicar um prazo de até 24 meses.
E se a operadora se negar a prestar atendimento o que eu faço?
Caso receba uma negativa da operadora para atendimento psiquiátrico, o paciente pode recorrer à ANS e fazer uma reclamação.
Se não for suficiente para resolver o problema, o usuário poderá buscar seus direitos na Justiça.
Para tanto, será necessário reunir comprovação da recusa e da necessidade do paciente de uma internação psiquiátrica, com documentos como:
- Relatório médico, exames e laudos que comprovem a necessidade do paciente para a internação;
- Documento que comprove a negativa do plano de saúde para a internação: ligação, e-mail, mensagens e outros meios utilizados;
- RG, CPF e a carteira do plano de saúde;
- Cópia do contrato feito com o plano.
Com os documentos em mãos, é importante buscar um profissional especializado que represente seu caso.
Agora que você já sabe que o plano de saúde cobre doenças psiquiátricas veja aqui qual o melhor plano de saúde custo-benefício: saiba como avaliar.