Saúde mental está relacionada à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções.
A saúde mental é entendida como um estado onde o indivíduo está bem o suficiente para lidar com as situações cotidianas, que são tão diversas quanto imprevisíveis.
Quando há ausência dela, o indivíduo está sujeito a ter desequilíbrios emocionais e, consequentemente, a desenvolver transtornos psiquiátricos.
A lei 10.2016, de 06 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
O que é saúde mental?
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde mental refere-se a um bem-estar no qual o indivíduo desenvolve suas habilidades pessoais e consegue lidar com os estresses da vida.
Além disso, a pessoa deve conseguir trabalhar de forma produtiva e estar apta a dar sua contribuição para a comunidade.
Em última análise, saúde mental envolve tudo o que possibilita uma participação ativa na sociedade.
O que é saúde mental em relação a crianças e adolescentes?
Em relação às crianças e adolescentes, a saúde mental implica pensar os aspectos do desenvolvimento, como ter um conceito positivo sobre si e habilidades para lidar com seus pensamentos e emoções.
Igualmente importante deve-se considerar a construção das relações sociais, tendo uma atitude de se abrir para aprender e adquirir educação.
Qual é a importância da saúde mental?
A saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções.
Investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais é essencial para uma melhor qualidade de vida e um convívio social mais saudável.
Além de ser determinante para a estabilidade física, a saúde mental está relacionada à qualidade da interação individual e coletiva.
O que desencadeia desequilíbrios emocionais?
São vários os fatores que podem desencadear desequilíbrios emocionais, desde aspectos genéticos a situações cotidianas e do ambiente no qual o indivíduo está inserido.
Dentre alguns deles podemos citar:
- Estresse
- Brigas
- Desavenças
- Conflitos
- Sobrecarga de trabalho
- Problemas financeiros ou de saúde
- Problemas no trabalho, em casa, na família, no relacionamento afetivo
- Limitações
- Incapacidades
Uma grande fonte de sofrimento atualmente é o trabalho.
A alta taxa de desemprego no país, a baixa remuneração, más condições de trabalho, pressão, alta competitividade, falta de planejamento e preparo profissional, entre outros, são questões que levam ao aumento significativo de diversos transtornos.
Como cuidar da saúde mental?
Pequenas ações aplicadas à rotina do dia a dia contribuem para a melhora da qualidade de vida e da saúde mental das pessoas.
Cuidar do corpo é tão importante quanto cuidar da mente e as duas formas de autocuidado estão estritamente interligadas.
Alimentação saudável, atividade física, leitura, meditação e atividades de lazer contribuem para um estilo de vida que proporciona saúde mental.
6 dicas para cuidar da saúde mental
Conheça a si mesmo
O autoconhecimento é fundamental para fortalecer a mente e ajudar o indivíduo a conduzir a sua vida de forma mais assertiva e segura.
Estabeleça objetivos
Uma pessoa que tem objetivos torna-se mais focada e motivada em relação a sua própria vida.
Mantenha uma rotina
Manter uma rotina é importante para organizar o dia a dia e cultivar a sensação de uma vida no controle e organizada.
Com rotina você consegue reservar um tempo para tudo o que é importante: trabalho, lazer, aperfeiçoamento pessoal, família e amigos.
Cuide do seu sono
Uma boa noite de sono tem relação direta com a saúde mental.
Dormir bem é um processo biológico necessário para a manutenção da saúde.
Pratique atividade física
A atividade física eleva os níveis de endorfina, serotonina e dopamina que são considerados os hormônios da felicidade e ajudam a manter a saúde mental em bom estado.
Consulte seu médico de confiança periodicamente
Realizar check-ups periódicos e exames de rotina de acordo com cada etapa da vida é fundamental para manter a saúde em dia, prevenir doenças e proporcionar mais longevidade.
Qual a diferença entre transtorno mental e doença mental?
Quando falamos em doença mental estamos nos referindo às causas e aos sintomas, como doenças cardíacas ou doenças hepáticas, por exemplo.
Ao usar o termo transtorno nos referimos a um diagnóstico mais amplo que varia bastante de pessoa para pessoa e com diversas formas de tratamento.
O que diz a lei sobre pessoas portadoras de transtornos mentais?
A lei 10.2016, de 06 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
O que é DSM-5?
A classificação americana para transtornos mentais, conhecida como DSM-5, é a referência mundial quando se fala nesse tema.
DSM-5 é a sigla para Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013.
A publicação é o resultado de um processo de doze anos de estudos, revisões e pesquisas de campo realizados por centenas de profissionais divididos em diferentes grupos de trabalho.
O objetivo final foi o de garantir que a nova classificação fornecesse uma fonte segura e cientificamente embasada para sua aplicação em pesquisa e na prática clínica.
Conheça as doenças citadas no DSM-5:
Capítulo 1: Transtornos do Neurodesenvolvimento
Capítulo 2: Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos
Capítulo 3: Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados
Capítulo 4: Transtornos Depressivos
Capítulo 5: Transtornos de Ansiedade
Capítulo 6: Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Outros Relacionados
Capítulo 7: Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores
Capítulo 8: Transtornos de Sintomas Somáticos e Sistemas Relacionados
Capítulo 9: Transtornos Alimentares
Capítulo 10: Transtornos da Eliminação
Capítulo 11: Transtornos do Sono-Vigília
Capítulo 12: Disfunções Sexuais
Capítulo 13: Disforia de Gênero
Capítulo 14: Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta
Capítulo 15: Transtornos Relacionados a Substâncias e Transtornos Aditivos
Capítulo 16: Transtornos Neurocognitivos
Capítulo 17: Transtornos da Personalidade
Capítulo 18: Transtornos Parafílicos
Os transtornos mentais também estão listados na categoria F do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças).
Como tratar transtornos mentais e psiquiátricos?
O transtorno psiquiátrico pode ser tratado com terapia, medicamentos e consultas periódicas ao psiquiatra.
Ele tem como objetivo tratar e superar os sintomas relacionados às doenças mentais.
Conforme o nível de gravidade da doença, a pessoa pode ser internada ou não.
Qual a diferença entre o tratamento psiquiátrico e o psicológico?
A psiquiatria é uma especialidade médica cujo foco é a compreensão e o tratamento das doenças emocionais e comportamentais.
Assim como o psiquiatra, o psicólogo atua no tratamento de problemas emocionais e psicológicos das pessoas. Entretanto, sua formação é em Psicologia.
Em relação aos transtornos mentais, psiquiatras e psicólogos podem trabalhar em parceria no atendimento ao paciente de forma mais completa.
Plano de saúde cobre doenças psiquiátricas?
Sim. As doenças psiquiátricas são consideradas relevantes para os cuidados com a saúde integral dos indivíduos e todo o atendimento necessário está previsto na Lei 9656/98 que rege os planos de saúde no país.
Além disso, as doenças psiquiátricas fazem parte do rol de procedimentos ANS e, por essa razão, todos os convênios médicos são obrigados a oferecer cobertura.
Plano de saúde cobre internação para doenças psiquiátricas?
Sim, o plano de saúde cobre internação em instituição hospitalar para os planos que incluem essa segmentação. Isso é válido tanto para titulares quanto para dependentes.
Quando necessária, a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico que caracterize os seus motivos.
Agora que você já sabe quais são os transtornos mentais existentes e a importância da saúde mental para uma vida longa e saudável veja Cobertura plano de saúde para doenças psiquiátricas.