A doença coronariana ou doença arterial coronariana (DAC) é um quadro clínico cardíaco que causa o fornecimento insuficiente de sangue até o músculo do coração.
A DAC é resultante da obstrução nas artérias coronárias, que pode acarretar angina (dor aguda no peito) ou infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
Esse acúmulo de gordura e de coágulos nas artérias do coração também é chamado de aterosclerose e dá origem a outro processo, a isquemia miocárdica, ocasionada pela má irrigação de sangue no músculo cardíaco.
A DAC é uma das principais causas de morte no Brasil na última década, para homens e mulheres, e faz parte do grupo de doenças cardiovasculares.
A causa de ataques cardíacos, decorrentes da DAC, geralmente são uma combinação de fatores de risco, como o uso de tabaco, má alimentação, obesidade, sedentarismo, uso excessivo de álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia.
Neste artigo nós vamos falar sobre o que é doença arterial coronariana, quais são os fatores de risco da doença arterial coronariana, como tratar e se o plano de saúde cobre DAC.
Doença arterial coronariana é a obstrução das artérias em decorrência da formação de depósitos de gordura, compostos pelo colesterol, cálcio e outras substâncias presentes no sangue.
O estreitamento das artérias pode bloquear o fluxo sanguíneo, o que causa angina (dor torácica) ou infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
Esse processo pode ocorrer de forma súbita ou gradual, além de contar com uma ou várias obstruções.
Os fatores de risco para a doença arterial coronariana envolvem desde histórico familiar e causas genéticas, como fatores ambientais e de estilo de vida. Veja a seguir:
O principal sintoma da doença coronariana é dor ou desconforto no peito. Essa dor pode surgir como uma queimação e se irradiar para outras partes do corpo.
Também pode ser uma sensação de aperto abaixo do osso esterno (no meio do tórax, entre as costelas). Ela também costuma estar localizada na parte frontal do peito ou do lado esquerdo, no coração.
A dor pode se irradiar para os ombros, braços, pescoço, mandíbula e dentes.
Normalmente é desencadeada após forte emoção ou atividade física, mas também pode surgir sem esforço. Ela piora com o movimento do tórax, tronco, braços ou pela própria respiração profunda.
A angina pode ser acompanhada de falta de ar, suor frio e náuseas.
Se a dor no peito que se irradia para os braços e outras partes do corpo for persistente por mais de dez minutos, pode significar infarto do miocárdio (ataque cardíaco), mas também pode não ter nenhuma causa física e ser decorrente de uma crise de pânico.
Na dúvida a respeito do reconhecimento da dor, procure uma emergência de hospital para fazer o diagnóstico e descartar qualquer possibilidade mais grave.
O infarto agudo do miocárdio se não for tratado com rapidez pode levar à morte do paciente.
O tratamento da doença coronária envolve três possíveis abordagens que são indicadas por médico cardiologista.
Consiste no uso de remédios para diminuir o risco de isquemia miocárdica.
Os medicamentos usados são vasodilatadores e aumentam o fluxo de sangue, diminuindo o trabalho cardíaco para suprir as necessidades do coração.
A aspirina é um dos medicamentos utilizados para esses casos com a finalidade de afinar o sangue e diminuir a possibilidade de formação de coágulos na circulação sanguínea, que podem entupir as artérias e levar ao infarto.
A angioplastia é realizada por meio da introdução de um cateter especial em uma artéria do braço ou da perna, promovendo a dilatação de uma obstrução coronária.
Por meio do procedimento é inserido um stent, dispositivo metálico que expande o vaso e mantém a artéria desobstruída, a fim de diminuir a possibilidade de recorrência do problema.
O tratamento cirúrgico consiste na revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como ponte de safena.
Essa cirurgia possibilita a criação de rotas alternativas do fluxo de sangue para o coração, por meio da junção de segmentos das veias da perna (veia safena) ou de artérias aos trechos obstruídos.
A prevenção da doença arterial coronariana diz respeito a mudanças de hábitos e no estilo de vida dos pacientes, e consiste em:
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir tratamento para doença arterial coronariana, desde que tenha sido recomendado por um médico especialista.
A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde no Brasil, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da OMS (Organização Mundial de Saúde).
A doença arterial coronariana também faz parte do rol ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os planos de saúde são obrigados a incluir.
Um exemplo é a realização de angioplastia, assim como a cirurgia de revascularização do miocárdio.
Entretanto, é importante verificar junto à operadora do seu convênio médico quais são os procedimentos que possuem cobertura, de acordo com o produto que você contratou.
Cirurgias, por exemplo, só podem ser realizadas pelos planos que incluem segmentação hospitalar.
O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
A recusa por parte da operadora é considerada abusiva. Contudo, é importante que você disponibilize para a operadora do seu plano de saúde o relatório médico com o diagnóstico e a indicação do tratamento ou cirurgia.
Se assim mesmo, a operadora se negar a cobrir o procedimento, você pode entrar em contato com a ANS e formalizar sua reclamação.
É direito do paciente exigir a negativa da operadora por escrito.
Caso o problema não seja resolvido, é possível procurar um advogado especializado e recorrer à Justiça.
Sim. Pacientes com doença coronariana têm direito a realizar o tratamento necessário pelo SUS (Sistema Único de Saúde), gratuitamente.
Contudo, para ser aprovado no programa é preciso passar por uma triagem, para avaliar a gravidade do quadro do paciente e saber qual o melhor tratamento.
Para poder ser atendido pelo SUS, o cidadão precisa buscar as unidades de atenção primária (postos de saúde) geridas pelos municípios.
Após a avaliação nas unidades primárias, caso necessário, o paciente poderá ser encaminhado para um centro de especialidades, hospital credenciado ao SUS ou a uma unidade de pronto-atendimento.
Agora que você já sabe as principais informações sobre a doença arterial coronariana e sua relação com hábitos saudáveis e estilo de vida, veja também Como cuidar da saúde mental: aprenda 6 dicas, como ela funciona, qual a cobertura do plano de saúde e explicações científicas.
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