Medula Óssea: o que é, transplante, como ser um doador e mais
A medula óssea é o tecido gelatinoso encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por “tutano”.
Ela tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Algumas doenças, como os linfomas e a leucemia, afetam as células do sangue, prejudicando o funcionamento da medula óssea e colocando vidas em risco. É quando o transplante se torna necessário e os doadores fundamentais.
De 14 a 21 de dezembro, ocorre a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/2009 para a mobilização e incentivo à doação de medula óssea e à captação de doadores.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é medula óssea, qual a sua importância para o organismo, quando o transplante de medula óssea é necessário, como se tornar um doador de medula óssea e se o plano de saúde cobre o procedimento.
O que é medula óssea?
A medula óssea também conhecida como tutano é o tecido encontrado no interior dos ossos, que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
A medula óssea pode ser classificada em medula óssea vermelha e em medula óssea amarela.
A primeira é abundante no indivíduo recém-nascido, entretanto, sua quantidade reduz consideravelmente na vida adulta, sendo substituída pela segunda.
Qual é a função da medula óssea?
A medula óssea desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas: leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.
As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado.
Os leucócitos nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.
Quando o transplante de medula óssea é necessário?
Algumas doenças podem alterar a arquitetura da medula óssea, prejudicando seu funcionamento e causando risco de vida aos pacientes.
Entre elas, podemos citar:
- Aplasia de medula óssea.
- Síndrome mielodisplásica.
- Anemia aplástica.
- Leucemia.
- Leucemia mieloide aguda.
- Trombofilia.
- Mieloma múltiplo.
- Linfoma.
Quando isso ocorre há a necessidade de substituição da medula óssea deficitária por outra saudável, por meio de transplante. Para isso, há a necessidade de ter um doador.
O que é o transplante de medula óssea?
No procedimento, a medula óssea é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
Depois de se submeter a um tratamento que destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue.
O transplante é realizado no centro cirúrgico sob anestesia geral ou peridural, e requer internação por um mínimo de 24 horas.
Como se tornar um doador de medula óssea?
Qualquer pessoa entre 18 e 35 anos com boa saúde pode ser um doador de medula óssea.
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país.
Antes é preciso verificar se o doador não possui nenhuma doença impeditiva ao transplante.
Após preencher um formulário com seus dados pessoais é coletada uma amostra de sangue do candidato para testes de compatibilidade entre o doador e o paciente.
Em caso de compatibilidade, o doador é chamado para exames complementares e para a realização do transplante.
Por que o doador de medula óssea é tão importante?
A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.
Para o paciente é uma questão de salvar sua vida, para o doador representa apenas o desconforto do procedimento e o risco da anestesia. A recuperação ocorre em algumas semanas, conforme avaliação médica.
A questão é a dificuldade de achar um doador compatível. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil.
A doação de medula óssea pode ser aparentada ou não aparentada.
No primeiro caso, o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais. Há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível na família.
Plano de saúde cobre transplante de medula óssea?
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir o transplante de medula óssea, caso o paciente receba o diagnóstico e indicação por um médico especialista.
A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O transplante de medula óssea também faz parte do rol ANS que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os planos de saúde são obrigados a incluir.
Entretanto, é importante verificar junto à operadora do seu plano de saúde quais são os procedimentos que possuem cobertura, de acordo com o produto que você contratou.
Cirurgias, por exemplo, só podem ser realizadas pelos planos que incluem segmentação hospitalar.
O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Agora que você já sabe a importância do doador de medula óssea veja também: Plano de saúde cobre tratamento de câncer? As 25 formas de câncer mais recorrentes, tipos de câncer agressivos, tratamento via SUS e mais.