Quem nunca enfrentou dificuldades ao tomar um medicamento prescrito como: o remédio não faz efeito, o corpo rejeita o medicamento ou efeitos colaterais anormais.
Acontece que, mesmo os medicamentos prescritos por um médico de confiança podem, eventualmente, não fazer o efeito desejado ou apresentar efeitos colaterais em excesso.
Isso ocorre porque, apesar de os remédios terem sido feitos para curar doenças, melhorar a qualidade de vida e manter a saúde, são também substâncias estranhas ao organismo.
Apesar de todos os testes que são feitos antes de sua comercialização, eles podem apresentar novos efeitos após chegar ao mercado ou mesmo não fazer o efeito esperado.
Ambas situações podem ser um problema.
Neste artigo, vamos ajudá-lo a identificar quando um medicamento não está fazendo efeito e quando está apresentando reações acima do normal, além de orientá-lo sobre o que fazer nos dois casos.
Acompanhe com a gente!
Sim, existe essa possibilidade.
Isso pode ocorrer por algumas dessas razões:
Sim, é possível que seu organismo pare de responder ao tratamento por uma série de motivos.
Os antibióticos são um exemplo. Cada vez que têm contato com um deles, as bactérias desenvolvem uma resistência natural àquela substância, mesmo quando a medicação foi corretamente prescrita e está sendo utilizada adequadamente conforme a indicação.
Nesses casos, um antibiótico prescrito pode não ter o efeito esperado, sendo necessário rever e trocar a medicação.
Outro exemplo é a automedicação. Muitas pessoas possuem uma “farmácia” no armário de casa, à qual recorrem em caso de dor ou desconforto em busca de uma solução rápida.
Esse consumo sem indicação, muitas vezes com alta regularidade ou em grandes quantidades, pode causar o chamado efeito rebote, que é quando o corpo se “acostuma” com os ativos do remédio e passa a ignorá-los.
É essencial que o paciente converse com o médico e entenda qual o efeito esperado do remédio, o que ele deve observar com relação à evolução do quadro e em quanto tempo, e faça um automonitoramento nesse período.
Caso os sinais de efeito apontados pelo médico não se manifestem no tempo esperado, é preciso retornar ao consultório, pois existe a possibilidade de que o paciente não esteja respondendo ao tratamento com aquela medicação.
Um primeiro sinal de que o remédio não está fazendo efeito é justamente a ausência de melhora ou mesmo uma piora nos sintomas.
Medicamentos de uso prolongado ou contínuo podem, eventualmente, parar de fazer efeito. Nesse caso, o paciente pode voltar a ter os sintomas que levaram ao uso da medicação ou mesmo ter novos sintomas, que podem estar relacionados à ineficácia da medicação.
Quem faz uso de medicamentos de uso contínuo ou prolongado deve estar sempre atento aos seus sintomas e ter conhecimento do seu problema de saúde e da medicação que utiliza para que possa identificar eventuais problemas.
Importante ressaltar que a automedicação deve sempre ser evitada, mesmo em casos de problemas mais simples como dores de cabeça, por exemplo.
É importante que o paciente tenha uma indicação médica dos medicamentos mais recomendados para si, mesmo quando se tratar de analgésicos simples, justamente para que não ocorra resistência à medicação, que leva à ausência de efeito.
Mas caso você faça uso desse tipo de medicação e perceba que vem necessitando de doses cada vez maiores para obter o resultado esperado, pode ser um sinal de que o medicamento não está funcionando como deveria ou de que já há uma dependência do mesmo.
Em todos os casos, o médico deve ser consultado imediatamente.
Não é uma regra, mas pode acontecer, uma vez que nem sempre as versões genéricas de um medicamento possuem fórmula exatamente igual que a do medicamento de patente estabelecida.
Por isso, é sempre importante questionar o médico sobre o uso de genérico para um medicamento, principalmente se na prescrição estiver o medicamento de referência.
Essa orientação é ainda mais importante para medicações de uso contínuo ou controladas como antibióticos e antidepressivos.
Em primeiro lugar, é preciso retornar ao médico assistente para avaliação e revisão do tratamento.
O médico pode prescrever outra medicação, escolher outro princípio ativo ou mesmo sugerir novas formas de aplicação.
Em alguns casos, o médico pode sugerir que seja feito um registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse registro é importante para que a agência reguladora verifique se não há algum problema com um lote específico do medicamento em questão.
O reporte pode ser feito pelo telefone 0800 642 9782 ou pelo portal da Anvisa. É necessário informar nome do produto, marca, nome do fabricante, lote, data de fabricação e validade.
Quando se está fazendo uso de um remédio para um problema específico, é possível que surjam outros sintomas, que são causados justamente pela medicação.
Por exemplo: o paciente está tomando antialérgico para tratar uma alergia e, como efeito colateral, sente sonolência.
São efeitos secundários à ação do remédio e que a grande maioria dos medicamentos podem apresentar.
Todos os efeitos colaterais de um remédio, observados durante a fase de testes, estão descritos na bula do medicamento e classificados entre raro e comum.
Sonolência, dores de cabeça, tonturas, náuseas e diarreia são exemplos de efeitos colaterais comuns.
Ao ter um medicamento prescrito, questione o médico sobre seus possíveis efeitos colaterais. Assim, você estará preparado caso venha a ter alguma reação.
Caso venha a ter sintomas diferentes após o início do tratamento, verifique na bula do remédio se não pode ser um efeito da medicação que está fazendo uso e, claro, comunique seu médico, principalmente se forem efeitos mais raros ou se estiverem muito intensos.
Nestes casos pode ser preciso trocar o remédio.
Sim, existe essa possibilidade.
Assim como o uso prolongado pode levar ao efeito rebote, ele também pode causar efeitos colaterais a longo prazo como ganho de peso, por exemplo.
É importante, portanto, conhecer os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos de uso contínuo, discuti-los com o médico assistente e, se possível, encontrar estratégias para evitar esses desconfortos.
Além disso, é importante saber por quanto tempo o medicamento será necessário e seguir corretamente essa orientação para amenizar as reações.
Importante destacar que nem todo mundo sentirá efeitos secundários de uma medicação e que não é possível prever quem passará por isso ou não. Por isso, informação e automonitoramento são essenciais.
Apesar de as bulas dos medicamentos relatarem inúmeros possíveis efeitos colaterais, é incomum que o paciente sinta vários desses efeitos.
O mais comum é a pessoa experimentar um ou dois efeitos simultaneamente ou mesmo após o fim do tratamento.
Quando o paciente passa a apresentar muitos sintomas novos após o início do tratamento, é necessário fazer uma reavaliação para uma possível troca do medicamento ou para identificar se não surgiu um novo problema.
Essa mesma ação é necessária se o paciente apresentar efeitos não previstos na bula.
Efeitos colaterais além do “normal” podem configurar uma reação adversa ao medicamento.
Efeito colateral é qualquer tipo de resposta do organismo a uma ou mais substâncias contidas no medicamento.
São efeitos que ocorrem em paralelo ao efeito esperado do remédio e que normalmente estão previstos na bula.
Efeitos colaterais de um medicamento podem ser benéficos.
O sono causado pelo anti alérgico, por exemplo, é uma consequência benéfica para um paciente que está com dificuldade de dormir por conta da sua alergia.
Reação adversa ou efeito adverso é quando o medicamento, soro ou vacina trazem uma resposta indesejada, não-intencional e prejudicial ao paciente.
A reação adversa, conhecida como RAM – Reação Adversa ao Medicamento, é sempre prejudicial e ocorre nas doses usualmente utilizadas, ou seja, casos de superdosagem não são considerados RAM.
Novamente, é necessário procurar o médico assistente para reavaliar o tratamento e fazer o reporte junto à Anvisa.
O monitoramento de medicamentos em “tempo real” é muito importante para que as agências reguladoras possam identificar eventuais problemas com medicamentos após sua entrada no mercado, além de identificar novos usos para determinada medicação.
O registro pode ser feito pelo telefone 0800 642 9782 ou pelo portal da Anvisa. É necessário informar nome do produto, marca, nome do fabricante, lote, data de fabricação e validade.
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