Quando falamos em saúde feminina existe algo muito importante: os exames de rotina para mulheres.
Embora, em geral, sejam mais cuidadosas do que os homens em relação à saúde, as mulheres precisam estar atentas aos exames que devem ser realizados regularmente, de acordo com a sua faixa etária e ao longo da vida.
O autocuidado e as consultas de rotina ao ginecologista e clínico geral ajudam a evitar doenças e a fazer o diagnóstico de forma precoce.
Isso reduz as chances de mortalidade ou de complicações diante de doenças graves, como os diversos tipos de câncer, de mama e de colo de útero, por exemplo, doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e HPV, entre outras.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que são os principais exames de rotina para mulheres, qual a sua importância, por que realizar, com que frequência e se o plano de saúde cobre exames de rotina femininos.
Exames de rotina para as mulheres são todos os exames que devem ser realizados pela mulher em cada fase da vida e ao longo do tempo com o objetivo de prevenir e diagnosticar doenças de forma precoce.
Mesmo que não tenha um histórico familiar de doenças, alguns exames preventivos são básicos para contribuir com a saúde da mulher.
Existem exames que devem ser realizados pela mulher independente da idade. Veja a seguir:
A dosagem de diversos elementos encontrados no organismo, especialmente no sangue, permite avaliar as condições de saúde geral da mulher.
Sua frequência deve ser anual ou conforme o critério médico. Dentre os principais exames de sangue podemos citar:
Hemograma: para verificar a quantidade e funcionamento de células vermelhas, brancas e plaquetas e identificar anemia, infecções, doenças ou anormalidades no organismo;
Glicemia em jejum: verifica a glicose no sangue e ajuda a identificar quadros de diabetes ou pré-diabetes, permitindo o tratamento da doença com mais eficácia.
Colesterol e triglicerídeos: para detectar problemas cardiovasculares.
Hormônios da tireoide: avaliam T3, T4 e TSH no organismo. Permitem identificar condições como hipotireoidismo e hipertireoidismo, entre outras.
Creatinina e ureia: avalia o funcionamento dos rins permitindo identificar quando há insuficiência renal.
Detecta alterações no funcionamento dos rins e infecções urinárias por meio da análise de cor, densidade e pH da urina e presença de sangue, entre outros.
O exame de fezes também é importante para se verificar gordura, sangue, vermes e outros agentes que podem indicar doenças ou problemas intestinais e no organismo.
Assim que inicia a sua vida sexual, a mulher deve fazer o exame Papanicolau, também chamado de preventivo.
Ele é coletado pelo médico ginecologista no consultório e deve ser feito anualmente.
O papanicolau permite identificar o câncer do colo do útero em estágios iniciais, facilitando o tratamento e a cura da doença. Além disso, ajuda a detectar outras condições como verrugas, infecções por fungos e herpes genital.
O ultrassom transvaginal é indicado para avaliar a saúde do aparelho reprodutor da mulher (útero, trompas e ovários).
Esse exame ajuda a identificar miomas, cistos e tumores, além de auxiliar no diagnóstico da endometriose.
O exame também é indicado para verificar a posição do dispositivo intrauterino (DIU) para as mulheres que o possuem.
A mamografia é o principal exame para o diagnóstico de câncer de mama.
Ela é indicada para mulheres a partir dos 35 anos, com histórico de câncer de mama na família, ou após os 40 anos, sem histórico familiar.
O ultrassom das mamas é indicado para complementar o diagnóstico da mamografia e muitas vezes é solicitado pelo ginecologista para uma avaliação mais precisa das mamas.
Os exames de rotina para mulheres devem ser realizados anualmente, mas caso haja alguma patologia, doença preexistente ou histórico familiar o médico pode solicitar um acompanhamento com maior frequência.
Sim, com o passar dos anos alguns exames devem ser incluídos para uma avaliação mais completa da saúde da mulher.
A gestação também é uma fase muito importante em que aumentam a quantidade de exames para avaliar a saúde da mãe do bebê.
A partir dos 40 anos, por exemplo, deve ser dada uma atenção maior às alterações hormonais e à tireoide com a chegada do período de climatério e menopausa.
Exames cardiológicos, como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste de esforço também podem ser relevantes nessa idade, a fim de evitar infarto, AVC e outros problemas cardíacos.
A partir dos 50 anos, densitometria óssea para avaliar a sustentação dos ossos que se desgastam com os anos e exame de fundo de olho para identificar glaucoma e degeneração ocular passam a ser relevantes.
Como em grande parte das doenças é possível cuidar da saúde e promover a longevidade com hábitos e estilos de vida saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, evitar a ingestão de álcool e tabagismo e cuidar da saúde mental.
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir as consultas, terapias e os principais exames relacionados à saúde das mulheres, de acordo com as doenças relacionadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Para saber o que os planos de saúde devem cobrir você pode consultar o rol de procedimentos e eventos ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Agora que você já sabe a importância dos exames de rotina para mulheres como forma de prevenir doenças, veja também um assunto de extrema importância para o universo feminino: Reposição Hormonal, respondemos 12 dúvidas sobre o tema.