Gerenciamento de Sinistralidade no Plano de Saúde Empresarial
A sinistralidade no plano de saúde empresarial é um desafio constante que afeta os custos da empresa e a qualidade de vida dos colaboradores.
Entretanto, a assistência médica é um benefício indispensável, sendo o principal fator após a remuneração responsável pela retenção e empenho dos colaboradores.
Por justamente oferecer uma maior qualidade de vida e segurança aos seus beneficiários e dependentes.
Fica então o questionamento, como equilibrar a necessidade de proteger o colaborador com um benefício tão essencial e preservar o financeiro da companhia?
Neste guia, vamos explorar estratégias para gerenciar e reduzir a sinistralidade, equilibrando a proteção do colaborador com a saúde financeira da companhia.
O que é a sinistralidade no plano de saúde?
Sinistralidade no plano de saúde é o índice gerado pelos sinistros. Sinistro é o custo gerado para empresa cada vez que o plano de saúde é acionado.
Em outras palavras, a sinistralidade corresponde à relação entre o número de procedimentos utilizados pelo beneficiário e o custo pago pela empresa ao plano de saúde.
Cada procedimento realizado pelo beneficiário resulta portanto em um sinistro.
Essa relação entre o número de procedimentos e os custos é essencial para compreender o impacto financeiro.
Como é calculado a sinistralidade no plano de saúde?
O índice de sinistralidade é um fator crucial no contrato do plano de saúde empresarial. Ele é calculado pela operadora, relacionando as despesas assistenciais com a receita direta do plano durante um período de 12 meses. Um índice elevado pode influenciar no reajuste do plano.
Essa cláusula é estipulada na concepção do acordo e serve como base para o reajuste do plano de saúde empresarial ou coletivo por adesão que respeita o aniversário do contrato.
A operadora realiza uma análise retrógrada para relacionar as despesas assistenciais com a receita direta do plano, ou seja, quanto foi gasto em procedimentos pela empresa e quanto foi pago por ela.
Essa análise retrógrada corresponde ao intervalo entre um aniversário e outro do contrato, ou seja, 12 meses.
De modo que, a ultrapassagem dos valores estipulados em acordo irá interferir diretamente se haverá ou não reajuste e em quanto ficará o seu percentual.
Para calcular a sinistralidade do seu plano de saúde e saber como ele está em relação ao que foi estabelecido em seu contrato, siga o exemplo a seguir:
Primeiro colete as seguintes informações:
- sinistro: valor dos custos com os beneficiários;
- prêmio: receita que a operadora recebeu pelo contrato
Para calcular a sinistralidade no plano de saúde divida o valor dos sinistros pelo prêmio e multiplique por 100. Quanto maior for a porcentagem, maior será o índice de sinistralidade.
Como esse fator é primordial para o cálculo do reajuste do plano de saúde, se ele estiver muito elevado, isso indicará a mesma tendência para o reajuste.
Ou seja, se a companhia pagou durante um ano R$ 125.000,00 em prêmio e os beneficiários gastaram R$193.000,00 no mesmo período, isso indica que o índice da sinistralidade será:
193.000/125.000 x 100 = 154%
Pronto. Agora você está preparado para ficar de olho nesse importante termômetro que afeta a receita da companhia e pode revelar quadros internos preocupantes como o uso inconsequente do serviço ou índices alarmantes de colaboradores adoecidos que exigem estratégias de prevenção e cuidado.
Vale ressaltar ainda que, independente do índice da sua sinistralidade, os contratos médicos também preveem reajuste financeiro anual, o VCMHL que é a variação dos custos médicos hospitalares e laboratoriais.
Como reduzir a sinistralidade no plano de saúde empresarial?
Combater e prevenir os altos índices de sinistralidade deveria estar dentro da agenda interna da empresa, afinal o seu controle faz parte do interesse de todos.
Ainda que a empresa arque com uma parcela dos custos do plano de saúde, é comum que os colaboradores tenham descontado da folha de pagamento um percentual pela adesão do serviço.
Sendo este custo ainda maior para o empregador quando há dependentes adicionados ao seu benefício.
Assim, os reajustes afetam ambas as partes contratantes, empregador e empregado.
Por isso, a conscientização na hora de usar beneficia todas as partes e sendo a organização uma delas, é importante que ela se coloque como a responsável por evocar medidas que previnam os altos índices de reajuste.
Investindo no Bem-Estar dos Colaboradores
Práticas como a criação de programas internos para prevenção dos principais males que afligem a população: diabetes, hipertensão, depressão e ansiedade.
Você pode implementar uma ação semestral para testar os índices de glicose e pressão arterial dos colabores, convidar profissionais da saúde para realizarem palestras e principalmente, construir um ambiente de trabalho saudável que reconheça a importância dos cuidados da saúde mental.
Estimular os colaboradores a realizar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada também contribui para o bem-estar, humor e qualidade de vida dos indivíduos.
Para saber mais sobre sinistralidade consulte também Sinistralidade no plano de saúde: 12 perguntas e respostas para entender tudo sobre o assunto.