Vacina e mortes por Covid-19: óbitos entre os que completaram o esquema de vacinação constata ineficiência?
Vacina e mortes por covid-19: o que a ciência diz sobre os casos de óbito daqueles que contraíram o coronavírus 20 dias após completarem o esquema de vacinação?
Estudos demonstram que as vacinas são eficazes em reduzir a gravidade dos casos de COVID-19, diminuindo significativamente a incidência de hospitalizações e mortes.
A vacinação completa não impede completamente a infecção, mas atenua suas consequências.
Como surgiu o questionamento sobre vacina e mortes por covid-19?
O falecimento de personalidades famosas como Tarcísio Meira, de 85 anos, que havia completado o esquema de vacinação inflamou o questionamento sobre a eficácia da vacina após a segunda dose e gerou suposições sobre a possível fabricante com a qual ele teria se vacinado.
Estes casos, embora raros, destacam a necessidade de entender a eficácia da vacina em diferentes demografias, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
O que significa esquema de vacinação completo?
A expressão “esquema de vacinação completo” se refere aos indivíduos que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), seguiram as recomendações para o desenvolvimento de anticorpos contra o vírus, ou seja, que tomaram o número de doses necessários de acordo com a fabricante da vacina e superaram o prazo de 20 dias após o recebimento da segunda dose ou da dose única, no caso da Janssen.
Este período varia conforme a vacina; por exemplo, estudos indicam que a imunidade máxima é atingida algumas semanas após a segunda dose ou a dose única.
O que acontece de fato?
Como já informado pela OMS, completar o esquema de vacinação não impedirá o indivíduo de contrair a doença, mas diminuirá drasticamente o número de infecções, sobretudo, o de casos moderados a graves.
Sendo assim, os fatores que contribuem para a necessidade de internação e morte são outros, indo desde o agravamento das comorbidades que a pessoa tenha, até o fato de sua idade, uma vez que, o sistema imunológico de pessoas idosas produz anticorpos em uma quantidade menor e mais lenta que a de pessoas jovens.
Como devemos nos posicionar?
É extremamente compreensivo que fiquemos confusos, afinal, vivemos um período sem precedentes para as gerações correntes na sociedade. Felizmente, a ciência evoluiu muito desde a última grande pandemia e já podemos contar com inúmeras vacinas comprovadamente eficazes que seguirão sendo aprimoradas.
Entretanto, é importante ressaltar que a sua real efetividade só se dá quando toda ou mais de 70% da população se encontra vacinada, pois assim, as chances de impedir a circulação do vírus e o surgimento de variantes que burlem as vacinas são reduzidas potencialmente.
Apesar de algumas infecções pós-vacinação, dados globais indicam uma redução drástica nos casos graves e mortes entre os vacinados.
Por exemplo, um estudo no New England Journal of Medicine mostrou que a vacinação reduz o risco de morte por COVID-19 em mais de 90%. Fatores como idade avançada e comorbidades podem influenciar a resposta imune.
A comunidade científica enfatiza a importância da vacinação para o controle da pandemia. Mesmo com casos de infecção após a vacinação, a eficácia das vacinas em prevenir casos graves e mortes é alta.
Nos EUA, por exemplo, de 157 milhões de vacinados até julho de 2020, apenas uma pequena fração necessitou de hospitalização devido à COVID-19. Isso reforça a eficácia das vacinas como nossa principal ferramenta no combate ao vírus.
A vacinação em massa é fundamental para alcançar a imunidade coletiva e limitar a propagação do vírus.
Leia mais sobre a importância da vacina em 22 perguntas e respostas pra você tirar todas as suas dúvidas sobre vacinação.