Os dados dos vícios que mais matam no mundo podem surpreender você. Isso não é algo que a maioria das pessoas pensa na sua rotina e que nem todo mundo percebe quando está perdendo a sua vida envolvido com algum vício.
Eles podem ou não estar relacionados a álcool, tabagismo e outras drogas e, em geral, estão vinculados a uma necessidade de obtenção de prazer imediato, fuga da realidade ou medo extremo de enfrentar algum desafio ou dificuldade, ou de não encontrar uma solução para um problema.
Os vícios são comportamentos repetitivos, compulsivos e obsessivos, que prejudicam a si mesmo e que podem afetar também as pessoas mais próximas do seu círculo familiar, amigos e trabalho.
Enquanto as drogas ilícitas matam 250 mil pessoas anualmente, o uso abusivo do álcool resulta em 2,25 milhões de óbitos e o tabaco em 5,1 milhões todo ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste artigo, nós vamos falar sobre os principais vícios que mais matam no mundo, por que é importante reconhecê-los, como tratá-los e se o plano de saúde cobre tratamento para combater os vícios.
O que é vício?
Vício é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença de impactos físicos e psicoemocionais.
Ele pode ter origem genética e predisposição hereditária, mas é predominantemente comportamental.
O vício representa um alívio para alguma dor, uma saída para o estresse, proporciona um senso de conexão, uma falsa noção de controle, de significado e a sensação de estar vivo e com vitalidade.
Ele contribui para sanar uma dor emocional e preencher a vida da pessoa com uma falsa felicidade, pois ao longo do tempo ela não se sustenta e traz prejuízos à saúde do indivíduo.
4 principais vícios que mais matam no mundo
Álcool
De acordo com a OMS, em todo o mundo, morrem mais de 3 milhões de pessoas anualmente, decorrentes do abuso de álcool.
O vício pode se iniciar na adolescência pela necessidade de pertencimento, de autoafirmação, baixa autoestima e se estender na vida adulta.
Há também pessoas que passam a abusar do álcool devido a algum trauma, situação ou fator estressante.
O uso do álcool causa uma sensação inicial de euforia e leveza, mas o seu uso continuado pode levar à dependência e à morte, seja por doenças ou por motivo de acidente.
A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão.
O álcool no organismo deixa o indivíduo com as suas faculdades mentais e físicas alteradas, o que pode causar transtornos ou acidentes para si mesmo ou para outros.
Tabagismo
Fumar é uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína.
O cigarro age como um ansiolítico falso, que engana o cérebro momentaneamente.
Várias doenças podem ser ocasionadas pelo uso de tabaco, entre elas, o câncer de pulmão, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e doenças respiratórias, como bronquite crônica e enfisema pulmonar.
Drogas (Maconha, Cocaína, Crack, Esctasy, LCD, Lança-Perfume e outras)
O uso de drogas ilícitas estão entre os principais problemas presentes na sociedade contemporânea.
Cada vez mais, os fabricantes reformulam a composição das drogas e sintetizam novas substâncias ainda mais prejudiciais à saúde.
A maconha está entre as mais utilizadas em larga escala e a cocaína é a principal responsável por mortes causadas pelo uso de drogas.
As drogas causam dependência química, o que leva a muitos usuários terem dificuldades de sair desse quadro.
Medicamentos
O vício em medicamentos, normalmente ocorre em adultos, homens e mulheres, que procuram auxílio médico para tratar sintomas e doenças, como ansiedade, estresse, depressão, Síndrome do Pânico, transtornos mentais, dores de diversas naturezas ou problemas crônicos.
O indivíduo começa a tomar o medicamento para tratar o problema e depois acaba fazendo uso inapropriado na busca das sensações de conforto, alívio e bem-estar que o remédio proporciona, o que acaba gerando vício e dependência.
Outros vícios
Além destes vícios que podem trazer consequências à saúde e à vida dos indivíduos, podendo levar a doenças e à morte, há outros que também são bastante prejudiciais, como:
Tecnologia
O avanço da tecnologia com o advento do videogame, celular, internet, redes sociais e múltiplas telas tem gerado transtornos à saúde de milhões de pessoas.
O vício em tecnologia que significa passar a maior parte do tempo conectado, isolar-se do mundo e evitar a realidade tem causado ansiedade, doenças mentais, podendo levar ao infarto, uso de drogas e até mesmo ao suicídio.
Jogos de azar e apostas
Este tipo de vício pode arruinar completamente a vida de um indivíduo, fazendo-o perder dinheiro, posses e levar ao suicídio. Também pode ser bastante prejudicial às relações com pessoas próximas, pois o indivíduo acaba contraindo dívidas e adquirindo outros problemas.
O vício em jogos pode estar vinculado à vontade constante de se desafiar, experimentar fortes emoções, prova social ou status e à crença de que pode iludir ou influenciar outras pessoas.
Sexo e pornografia
Indivíduos viciados em sexo podem adquirir ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) com mais facilidade pela prosmicuidade e variedade de parceiros.
Pessoas viciadas em pornografia podem ter a tendência a se isolar e à depressão, dificuldade de se relacionar ou terem seu rendimento no trabalho afetado pela tempo dedicado à prática.
A longo prazo, os indivíduos podem perder o interesse em relações sexuais saudáveis, buscando uma interação mais promíscua ou semelhante ao que assistem nos canais pornográficos.
Comida e transtornos alimentares
As pessoas que têm compulsão alimentar ou sofrem de obesidade podem desenvolver vício por determinados alimentos, como o açúcar, por exemplo.
O açúcar quando consumido em excesso e com frequência pode causar dependência no organismo e o indivíduo tem dificuldade de evitar ou eliminar o alimento da sua rotina.
A obesidade também pode acarretar outros problemas de saúde, como diabetes e problemas cardiovasculares, e levar à morte.
Compras
As pessoas que têm compulsão por compras têm o vício no ato em si, não exatamente no objeto ou serviço adquirido.
A compra traz a sensação de poder e de alívio perante algumas circunstâncias. Os indivíduos viciados em compras acabam adquirindo dívidas e costumam ter dificuldade em identificar que precisam de ajuda para tratar o problema.
Como tratar os vícios?
Os vícios podem ser tratados de diversas maneiras de acordo com sua natureza. Em geral, a psicoterapia é uma excelente alternativa para a maior parte dos casos.
O indivíduo viciado precisa tratar a causa dos vícios, identificar as dores emocionais que o levaram a esse caminho e buscar novas soluções mais saudáveis.
Alimentação equilibrada e exercícios físicos, assim como cuidar da saúde mental, são fortes aliados no combate aos vícios e doenças geradas por eles.
Algumas pessoas poderão precisar de internação, tratamento psiquiátrico ou fazer uso de medicamentos. Por isso, reconhecer que precisa de ajuda e buscar auxílio médico é o primeiro passo para a cura.
Plano de saúde cobre tratamento para vício?
Os planos de saúde devem cobrir as doenças ocasionadas pelos vícios que se enquadram na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Assim, o plano cobre o tratamento da doença em si, não o fator vício. Como exemplo, podemos citar a depressão, ansiedade, hepatite, cirrose, câncer, doenças respiratórias e infarto.
Da mesma forma, os planos devem oferecer cobertura para terapias, procedimentos, consultas e exames que estejam relacionados ao tratamento das doenças listadas pela OMS.
Em relação à dependência química, cada plano de saúde estipula um tipo de cobertura a depender do valor mensal escolhido, modalidade do plano, abrangência e outros fatores.
Para saber quais eventos os planos de saúde são obrigados a cobrir, você deve consultar o rol de procedimentos e eventos ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O rol ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Agora que você já sabe como os vícios são prejudiciais à saúde veja também uma forma de evitá-los em Como cuidar da saúde mental: aprenda 6 dicas, como ela funciona, qual a cobertura do plano de saúde e explicações científicas.