A violência psicológica é um problema muito comum no mundo todo.
Ela é uma forma de abuso emocional que pode ter efeitos graves e duradouros na saúde mental, no bem-estar, autoestima e qualidade de vida de uma pessoa.
A violência psicológica pode ocorrer em diversos contextos, como no âmbito familiar, no local de trabalho, em relacionamentos amorosos e em outras relações interpessoais.
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrou que mais de 18 milhões de mulheres foram vítimas de violência no último ano, embora a violência psicológica possa ocorrer com qualquer gênero.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é violência psicológica, em que situações ela ocorre, como identificar a violência psicológica e o que fazer se você for vítima de violência psicológica.
A violência psicológica é uma forma grave de violência e pode ser tão prejudicial quanto a violência física.
Ela envolve comportamentos do agressor que busca controlar ou dominar a vítima através de ameaças, intimidação, humilhação, manipulação, isolamento, negação de afeto e outras táticas que causam dano emocional.
As pessoas que são vítimas de violência psicológica podem apresentar sintomas como ansiedade, depressão, baixa autoestima, dificuldade de confiar nos outros e outras consequências emocionais negativas.
O comportamento abusivo pode ocorrer em vários tipos de relacionamentos e podem ser praticados por qualquer gênero, homens ou mulheres.
Muitos casos de violência psicológica ocorrem dentro de relacionamentos amorosos ou conjugais, onde um dos parceiros busca exercer controle sobre o outro por meio de manipulação, chantagem emocional, críticas constantes, humilhação e outras formas de comportamento abusivo.
A violência psicológica também pode ocorrer dentro de relacionamentos familiares, como entre pais e filhos, irmãos, avós e netos, tios e sobrinhos, e outros membros da família.
Isso pode incluir comportamentos como controle, chantagem emocional, humilhação e críticas constantes.
A violência psicológica pode ocorrer em relações profissionais, como em ambientes de trabalho onde um superior abusa do poder para controlar ou humilhar seus subordinados.
Embora menos comuns, a violência psicológica também pode ocorrer em relações de amizade, onde uma pessoa busca exercer controle sobre outra por meio de comportamentos abusivos, como manipulação e chantagem emocional.
Aqui estão 12 sinais que podem indicar que uma pessoa está sofrendo violência psicológica:
Existem várias razões pelas quais a violência psicológica pode ocorrer, aqui estão os motivos mais comuns:
O abusador pode querer controlar a outra pessoa, geralmente por meio de ameaças, críticas ou manipulação.
A insegurança pessoal do abusador pode levá-lo(a) a se sentir ameaçado(a) pelo parceiro e, portanto, a tentar controlá-lo(a).
Quando o relacionamento tem problemas, pode haver uma tendência a culpar o parceiro e usar a violência psicológica como uma forma de lidar com isso.
O abusador pode ter sentimentos de raiva e ressentimento em relação à outra pessoa e usar a violência psicológica como uma forma de vingança.
Algumas pessoas podem não ter as habilidades necessárias para comunicar suas necessidades e sentimentos de forma saudável, levando a comportamentos abusivos.
O abusador pode ter experiências traumáticas passadas que influenciam seu comportamento atual.
A saúde mental do abusador pode ser afetada por problemas como transtornos de personalidade ou transtornos de humor, levando a comportamentos abusivos.
O agressor deve realizar tratamento psicológico para entender as causas do seu comportamento e buscar a cura.
Sim, a violência psicológica é considerada um crime, de acordo com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que define os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher, e com o Código Penal Brasileiro.
A lei prevê que qualquer pessoa que sofra violência doméstica e familiar, independentemente de gênero, orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia, idade ou classe social, tem direito à proteção e ao acesso a serviços de atendimento especializado.
A Lei Maria da Penha prevê que a violência psicológica é uma forma de violência doméstica e familiar, e pode ser caracterizada como qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima da vítima, como a humilhação, o isolamento, a chantagem, a manipulação, a perseguição, a vigilância constante, entre outros comportamentos abusivos.
Além disso, o Código Penal Brasileiro também prevê que a violência psicológica pode ser considerada como uma forma de crime de tortura, quando os comportamentos abusivos causam intenso sofrimento mental à vítima.
Dessa forma, a violência psicológica é um crime passível de punição.
Em caso de violência psicológica, é importante buscar ajuda e proteção.
Procure ajuda de psicólogos, assistentes sociais, advogados, delegacias especializadas ou organizações que atendem vítimas de violência.
Eles podem orientá-lo(a) sobre os seus direitos e sobre como se proteger.
Além disso, é importante denunciar a violência psicológica às autoridades competentes, como a polícia ou o Ministério Público.
Você pode registrar um Boletim de Ocorrência em uma delegacia especializada em violência doméstica ou em uma delegacia comum.
Você pode denunciar a violência psicológica em delegacias especializadas em atendimento à mulher, conhecidas como Delegacias da Mulher, Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM) ou Delegacias de Proteção à Mulher (DPM), dependendo da sua região.
Você também pode denunciar em delegacias comuns ou no Ministério Público.
Além disso, existem serviços de atendimento às vítimas de violência, como a Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, pelo número 180.
Há também a opção de denunciar através do aplicativo de celular “Direitos Humanos Brasil”, disponível para Android e iOS.
É importante lembrar que a violência psicológica é um crime e que é possível denunciar anonimamente, se for necessário.
Agora que você já sabe mais sobre violência psicológica e os transtornos que ela causa na saúde da vítima, veja também Como cuidar da saúde mental: aprenda 6 dicas, como ela funciona, qual a cobertura do plano de saúde e explicações científicas
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